Baseado no livro de Cormac McCarthy, os irmãos Coen trouxeram o grande vencedor do Oscar de 2008.
Ambientando no Texas , na década de 80. Ethan e Joel apresentam o texano Llewelyn (Josh Brolin), um veterano do Vietnã que durante uma caça, encontra uma maleta cheia de dinheiro, em meio a caminhonetes e corpos, de uma provável briga entre traficantes de drogas. O caçador passa então a ser perseguido por diversos mexicanos em busca do dinheiro e por um assassino esquizofrênico, Anton Chigurh (Javier Bardem). Ao perseber que está sendo perseguido, Llewelyn pede que a mulher, Carla Jean (Kelly Macdonald) esconda-se na casa da mãe e foge com o dinheiro. Porém, Chigurn está disposto a qualquer coisa para atingir seus objetivos e segue as pistas do texano para recuperar o dinheiro. Armado com um cilindro de ar comprimido, que mostra seu poder, o sociopata Anton segue suas próprias regras e uma conduta de ética pautada em seus próprios devaneios. O Xerife da cidade, Ed Tom Bell (Tommy Lee Jones) é quem tenta desvendar o caso, desde o primeiro crime e percebe que Llewelyn se envolveu com um criminoso impiedoso cuja fama já seria motivo de preocupação.
Com personagens extremamente bem construídos, Llewelyn, Chigurn e Bell mergulham em excelentes diálogos e em perseguições de tirar o fôlego, regadas a muita violência. O filme conta ainda com um outro oportunista que tenta encontrar o dinheiro, o caçado e escapar do caçador, Woody Harrelson (Carson Wells), além de Carla Jean, a esposa que não participa da tomada de decisões mas vê-se mergulhada em todo o caos, que também oferecem diálogos excelentes com os já citados personagens.
Mas é a ótima interpretação de Javier Bardem, como o sociopata Anton Chigurh, que rouba a cena. Javier constrói com maestria e profundidade o assassino que simboliza o mal que pode existir dentro de um ser-humano.
E é Ed Tom Bell (Tommy Lee) que apresenta o contraponto a esse, narrando alguns dos acontecidos e suas próprias impressões sobre uma sociedade que segue um ritmo conturbado rumo a algo que pode não enquadrar a todos. Questionando assim os caminhos percorridos e o caos em que se encontram, e se encontrarão.
Os Irmãos Coen desenvolveram um roteiro adaptado muito bem construído e conseguem dirigir com maestria toda essa equipe e transmitir ao espectador toda a tensão proporcionada desde as perseguições até os esperados encontros entre os personagens.
Com ótimos enquadramentos os irmãos surpreendem ao abolir quase que totalmente o uso da música original do filme (trilha sonora), exaltando o uso de sons diegéticos (sons que provém da realidade apresentada) para ambientar as cenas.
No final, que rendeu as maiores críticas negativas à película, está implícito o fechamento filosófico de tudo aquilo que foi mostrado, discutido, ambientado e narrado.
“Onde os fracos Não Tem Vez” foi o ganhador dos Oscar de: Melhor filme, melhor direção, melhor roteiro adaptado e melhor ator coadjuvante, pela excelente atuação de Javier Bardem. O Filme recebeu também o Globo de Ouro de melhor roteiro e ator coadjuvante, para Bardem.
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