A ficção científica costuma apresentar as maneiras como a tecnologia transforma a sociedade. Parte do princípio de que tudo pode ser resolvido através de soluções técnicas, mas ao mesmo tempo mostra quais as consequências. Há também o caso no qual tenta explicar como certos eventos acontecem, e nesse caso é o tal do funcionamento do destino . Mas Os Agentes do Destino não é necessariamente um filme de ficção científica, ou ao menos não precisa ser, dependendo do ponto de vista.
Na trama, o candidato a senador David Norris (Matt Damon) descobre acidentalmente que o destino das pessoas é vigiado e corrigido por um grupo de homens de preto (sempre preto?) que modificam sutilmente certos detalhes para que tudo ocorra de acordo com uma vontade superior. Então David tem de decidir se ignora essa vontade que confortavelmente o levará a uma carreira política bem sucedida ou escolher ficar com a misteriosa mulher que conheceu na noite de sua derrota nas eleições e sobre a qual não sabe quase nada (deveria ser Eva o nome dela). Se fizer a escolha não apropriada, o preço poderá ser o fracasso, a morte,ou ainda consequências negativas para toda a humanidade.
Em resumo, o filme é bom. Apesar de o tema ser rico o suficiente para propor situações que fariam a nossa mente ferver, não é tão bem aproveitado, optando por uma abordagem mais leve acompanhando o teor romântico que predomina na trama. Mesmo assim, Os Agentes do Destino traz boas sequências de perseguição e momentos inteligentes. Sobre o fato de ser ficção ou não, você pode considerar se encara a vontade superior que guia os agentes como um ser divino, ou simplesmente uma raça dotada de tecnologia superior ao ponto de poder prever as decisões e consequências das ações dos indivíduos.
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