Próximo de completar 30 anos, o filme continua poderoso e um forte apelo contra ditaduras pelo mundo. Adaptado de um artigo publicado no The New York Times, o roteirista Bruce Robinson contou a história real de um homem que presenciou os horrores impostos pelo regime do Khmer Vermelho, no Camboja e sua luta pela sobrevivência.
Este foi o primeiro longa de cinema do diretor britânico Rolland Joffé, fazendo uma escolha acertada e corajosa, tocar em uma ferida ainda não cicatrizada de um genocídio recente e pouco conhecido.
Sam Waterston (Sydney Schanberg) viveu o jornalista americano e o Dr. Haing S. Ngor (Dith Pran) foi o cambojano que o ajudou em suas reportagens, como fotográfo, informante e seu grande amigo.
O filme foi indicado para sete Oscars, incluindo: Filme, Direção (Rolland Joffé), Roteiro (Bruce Robinson), Ator (Sam Waterston) e venceu três: Ator Coadjuvante (Haing S. Ngor), Fotografia (Chris Menges) e Edição (Jim Clark). Venceu também inúmeros prêmios internacionais e esteve presente nas listas dos dez melhores do ano.
Uma das coisas mais extraordinárias do filme é presença do médico cambojano Haing S. Ngor, em sua primeira atuação e principalmente pelo fato de ser um sobrevivente dos horrores mostrados no filme, só tendo escapado da execução por negar ter qualquer profissão de nível superior.
Entrou para a história sendo o 2° asiático a vencer o Oscar e também o 2° não-profissional a vencer o prêmio.
O médico/ator sempre lutou contra o regime e muitos acreditam que por esse motivo foi assassinado em 1996, um fato triste para uma pessoa que no mínimo merecia viver em paz por tudo que já havia passado.
Um filme impactante e extraordinário, seu final é um dos mais bonitos que já vi e ao som da música “Imagine” de John Lennon, ficou ainda mais emocinante.
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