Atualmente filmes de super-heróis são tão comuns quanto abundantes, mas nem sempre são tão bons e divertidos como esperamos.
Próximo do 10° aniversário, o filme da “Família Incrível” continua sendo um dos melhores do gênero e mais um clássico sensacional da Pixar.
Concebido originalmente como uma animação tradicional e sendo o 2° longa-metragem da carreira de Brad Bird, cinco anos após sua extraordinária estreia com o cultuado “Gigante de Ferro”, o projeto estava sendo desenvolvido dentro da Warner, que pouco tempo depois fechou as portas de sua divisão de animação.
Apesar do contratempo, não demorou muito para que Bird conseguisse levar adiante seu projeto e foi com seu ex-colega de faculdade, John Lasseter que sabendo da qualidade e do potencial do projeto, contratou Bird para o talentoso time da Pixar.
Dentro da Pixar, Bird foi convencido de produzir o projeto em animação computadorizada, o que sem dúvida foi uma mudança das mais acertadas.
Sendo o 6° longa-metragem da Pixar e pela primeira vez com personagens humanos, sendo muito realista também nos temas, como família, violência e até morte.
De autoria do próprio Bird, o roteiro é excelente, inteligente e muito original. Seus personagens são tão interessantes quanto brilhantes, com diálogos bem escritos que ficaram ainda melhores nas vozes originais dos talentosos atores: Craig T. Nelson (Sr. Incrível), Holly Hunter (Mulher-Elástica), Samuel L. Jackson (Gelado), Spencer Fox (Flecha), Sarah Vowell (Violeta), Jason Lee (Síndrome), Eli Fucile & Maeve Andrews dublando o ótimo bebê Zezé e a excelente personagem Edna Moda (inspirada na grande figurinista do cinema, Edith Head), que Brad Bird ofereceu para a atriz Lily Tomlin, que quando o diretor fez uma demonstração do tom que queria, sugeriu que o próprio fizesse e a atriz tinha razão, ficou excelente sua dublagem.
Mais uma vez Bird prestou homenagem a seus mentores, os grandes animadores Frank Thomas (faleceu antes da estreia aos 92 anos) e Ollie Johnston, com personagens que são caricaturas deles e com dublagem dos próprios.
O compositor Michael Giacchino em sua 7ª trilha-sonora para o cinema fez um excelente trabalho, digno de reconhecimento.
Foi vencedor dos Oscars de Melhor Animação e Edição de Som (Excelente trabalho dos técnicos Michael Silvers & Randy Thom) e ainda foi indicado para Roteiro Original (Brad Bird) e Mixagem de Som.
Venceu 10 prêmios Annie, incluindo os de Animação, Direção (Brad Bird) e Roteiro (Brad Bird).
Foi também lembrado pelo prestigiado Instituto Americano de Cinema, com o prêmio de Melhor Filme do Ano.
Com custo de produção de mais de 90 milhões de dólares, foi um enorme sucesso nas bilheterias com soma superior a 630 milhões de dólares.
Genial, empolgante e acima de tudo divertido, comprovando o talento de Bird e do espetacular e novamente bem sucedido trabalho coletivo da Pixar.
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