“Este avião deveria estar no museu!”
“Todos nós deveriámos.”
Nas explosões, tiroteios e sangues que espirram feito água, a reunião dos brutamontes, está lá para matar. Qual era mesmo o chamado que alertava esses heróis de filmes de ação para soltar o gatilho em seus inimigos? Por mais que sempre houvesse, uma ameaça, sabemos que ela nunca era párea para eles. A “ameaça” então, seja ela um assassino maluco, psicopata, um lutador, mafioso, o mundo, pouco importa estamos aqui para ver ação.
E não há outro motivo, para o chamado dos brutamontes, senão entreter realmente. Os Mercenários 2 (The Expendables 2, 2012) parece fazer questão de afirmar isso logo nas suas primeiras sequências. Não é um caso isolado, em que apenas um dos brutamontes pode resolver o caso. O megalomaníaco russo, poderia muito bem ser exterminado por apenas um daqueles fortões, mas seu nome e figura ocupa a posição do grande dragão branco. Embora, seja impossível reunir essa turma do barulho sem ser pretensioso, Simon West faz questão de confirmar a todo momento que o que vemos é um filme de ação daqueles que vemos pelos nomes dos atores, suas manias, trejeitos e absurdos que fazem em tela, sendo assim, a própria posição única e central de filme de ação, com o simples intuito de entreter, é o posto que West coloca aqui.
Os velhotes, mas ainda em forma, partilham de suas “habilidades”(para não dizer poderes) na tela de West. Existem um compartilhamento entre os velhos grandes heróis do cinema e os novatos. Piadas e algumas aparições rápidas, ainda que simbólicas, não escondem o intuito de que se trata da velha guarda ensinando e aprendendo com a nova, se existe uma homenagem a toda a turma antiga, também existe a uma nova equipe das gerações de filmes de ação.
No entanto, West não se resume a apenas tiroteios por todos os cantos, isso nós já vimos nos anos 80/90 com os mesmos atores, temos aqui o simples e puro espírito de vingança encarnado naqueles homens. Após sua sequência de abertura, West opta por retratar cada um deles, não apenas batalhando e usando de seus mecanismos sensacionalistas em combate, mas também de um encontro sincero e nostálgico entre esses atores que representam o símbolo de uma geração de filmes e satisfazer a seu público, a qual dedicaram toda sua vida.
Os Mercenários 2 (The Expendables 2, 2012), parece também querer representar o nascimento e a morte precoce de uma futura lenda e o ligamento de todos aqueles homens e por que estão unidos agora. Quem nunca quis ver Schwarzenegger com Stallone distribuindo toda suas munições em capangas ou então ver a face de Chuck Norris, Van-Damme e Bruce Willis em um mesmo filme? Talvez, não existam razões “certas” ou “convincentes” para a união de todos esses gigantes do cinema de ação – e de fato nem precisa, a reunião, pura e básica de todos eles, é auto explicativa -, mas o motivo pelo qual estão ali em tela compartilhando humildemente de seus tiros e porradas em inimigos, seja o mesmo da razão de eles existirem e surgirem novamente na tela grande: divertir.
Melhorou d+ em relação ao 1º filme que é um lixo, nem os brutucus salvam...
Vamos ver se o 3º será bom...