Como o Pantera roubava a cena em Guerra Civil, fica difícil saber se aqui ele acaba ofuscado porque 1) a Marvel, finalmente, acertou em um "vilão" realmente interessante e com um background para render um embate que não reside só na fisicalidade da coisa ou 2) o herói funciona em tiros curtos, mas não longos a ponto de sustentar um filme inteiro que acaba sendo uns minutos mais longo do que devia. Eu fico com a primeira opção e acho que o fato do Michael B. Jordan ter um personagem realmente interessante em mãos, dono da melhor cena do filme - aquele diálogo no fim com o Pantera é coisa fina -, nos pega desprevenidos em um filme com selo Marvel.
Gosto de como a cultura africana e mesmo a força das personagens femininas jamais parecem forçadas para se adequar a alguma cartilha politicamente correta. O filme é assim porque precisava ser assim e mesmo sendo, talvez, o que de mais diferente temos em Marvel, ainda se encaixa no universo proposto pelo estúdio.
Além disso, que alívio ver um Ryan Coogler na direção, um cara que sabe filmar uma cena de luta sem cortar a cada segundo. Dá gosto de ver as lutas daqui, ainda mais por não envolverem poderes, apenas porrada pura mesmo.
Eu esperava mais? Esperava. Mas também esperava mais de um Thor Ragnarok, então, pensando bem, Pantera Negra tá muito no lucro, mané.
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