Já faz quase 30 anos, que o grande mestre David Lean encerrou sua magnífica e brilhante carreira, com uma obra-prima digna de sua extraordinária filmografia.
O roteiro de Lean é baseado no livro de E.M. Foster e na peça de Santha Rama Rau, uma adaptação magnífica do incansável diretor, que na época tinha 76 anos e ainda foi o responsável pela edição do longa. Mostrando toda a exuberância e os preconceitos na Índia, ainda sob o domínio do Império Britânico.
Grandes atores e grandes interpretações, como Judy Davis (Adela) extraordinária em um de seus melhores trabalhos, a grande dama do teatro britânico Peggy Ashcroft (Mrs. Moore) em atuação memorável e digna de seu prestígio, James Fox (Filding) sempre competente, o grande Alec Guinness (Professor Godbole) em mais uma parceria com Lean, desta vez interpretando um indiano com perfeição e bom humor e por último o ótimo ator indiano Victor Banerjee (Doutor Aziz), que brilhou ao lado destes grandes nomes do cinema.
Em sua quarta colaboração com Lean, o excelente compositor Maurice Jarre, fez mais uma belíssima e marcante trilha sonora.
Com visual arrebatador em diversos aspectos, como na belíssima fotografia de Ernest Day, nos figurinos de Judy Moorcroft que vão do simples ao luxuoso e da direção de arte magnífica de John Box & Hugh Scaife, isso tudo é uma amostra da beleza ímpar de uma obra de um grande mestre como Lean.
O filme foi indicado para onze Oscars, incluindo: Filme, Diretor (David Lean), Roteiro (Lean), Edição (Lean), Atriz (Judy Davis) e venceu dois: Atriz Coadjuvante (Peggy Ashcroft) e Trilha Sonora (Maurice Jarre, vencendo pela terceira vez por um trabalho com Lean).
Encerrando uma era, onde Lean era um dos últimos grandes nomes do cinema, com um grande filme pelo qual merece ser lembrado, junto com os outros grandes clássicos de sua extraordinária carreira.
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