BELEZA POR TODOS OS CANTOS. E SÓ.
Baseado no livro “Waltz Into the Darkness”, de Cornell Woolrich, Pecado Original (Original Sin, 2001) tinha tudo para ser um ótimo filme: enredo interessante e dois ótimos protagonistas. Mas o diretor Michael Christopher nos entrega um produto fraquíssimo, do qual se salva apenas uma das melhores cenas de sexo do cinema, entre Antonio Banderas e Angelina Jolie. E só.
Luis Vargas (Banderas), dono de uma refinaria de café em Cuba, casa-se com a americana Julia (Jolie), a qual conheceu pelo correio. Anestesiado pela beleza, sensualidade e charme de Julia, Luis se apaixona perdidamente a ponto de dar acesso livre a todas as suas economias para sua amável esposa. Para o azar de Luis, Julia é uma golpista e foge com todo seu dinheiro, desaparecendo do mapa. Desesperado, Luis pede ajuda ao detetive particular Waltz (Thomas Jane) e parte em busca desta mulher misteriosa, indeciso entre matá-la ou amá-la novamente. Pena, novamente, que o investigador é, na verdade, Billy, cúmplice de Bonie, verdadeiro nome da mulher que Luis tomou para esposa.
Talvez o pior problema de Pecado Original seja o andamento dado pelo diretor Micheal Christopher, que peca demais no desenvolvimento da trama e dos personagens, tornando o filme entediante praticamente por inteiro. Os personagens são mal trabalhados e apresentados, dando a impressão de que a estória freqüentemente dá um salto no tempo. O previsível roteiro foi pessimamente adaptado e, tentando romantizar cada diálogo, investiu em diálogos horrorosos, como “eu quero tirar tudo dela e dar tudo a ela.” e o meu favorito “sou uma pessoa diferente com você. Alguém mais parecido comigo mesmo”. Aí fica difícil de aturar.
A trama tem um potencial muito bom, inexplorado por Christopher. Quando o fraquíssimo e patético final enfim chega, já não estamos mais nem aí pro filme. E nem a beleza arrebatadora de Angelina Jolie nos desperta mais tanto interesse no que passa na tela. O trio de protagonistas (Angelina Jolie, Antonio Banderas e Thomas Jane) não se sai tão mal, mas atuam de modo genérico. Jolie e Banderas esbanjam sensualidade, mas exageram nas caras e bocas. Thomas Jane tem o papel mais promissor, mas também o mais previsível e pior trabalhado dentre todos.
A conclusão que se tira após assistir Pecado Original até o fim é: “eu devia ter lido o livro...mas agora já perdi a vontade....”
Não sabia que era baseado em um livro...
O que vale no filme são as presepadas de Jolie e Banderas na cama mesmo...
Pois é, Lucas. O filme se reduz à míseros 17 minutos. Nem a cena entre Jolie e Thomas Jane empolga, o que acho um erro, pois há muito mais clima e paixão (não necessáriamente amor) entre os dois persongens. Filme pavoroso. Obrigado, Lucas.