A palavra que define bem “Pirata do Caribe: No Fim do Mundo” é: confuso (o segundo filme também, esse, porém, mais ainda). Não, a estória não é complexa. É confusa. Entende a diferença?
Não hei de perder linhas e linhas contando a estória do filme. Pois “Piratas 3” é pura experiência visual e sonora; mais nada. Mais nada. Se alguém foi com esperanças de assistir a esse extraordinário filme achando que ia entender tudo e ver um roteiro belo, deve ter saído como um cachorro que foi rejeitado pelo seu dono.
O que importa aqui não é a estória, muito menos o roteiro. O que importa, de verdade, é a ação. Ação, ação, ação. Batalha, batalha, batalha. Mil explosões. Belíssimas batalhas marítimas e lutas bem coreografadas. Do que se espera de um filme pipoca como esse, podemos dizer que ele não decepciona. Claro que tem boas atuações, como a de Johnny Depp, dentre tantos outros atores, mas isso é o que menos importa. O que importa é pancadaria, sequências de tirar o fôlego, porque o filme é praticamente isso: ação sem fim e sem motivo – se tem motivo ele é mal desenvolvido, pois o “grande mau” do filme é querer ser mais do que é, cometendo, assim, tropeço em cima de tropeço.
Efeitos especiais impressionantes do início ao fim, uma grande produção de 300 milhões de dólares – uma das maiores de Hollywood. Se não bastassem as grandes aventuras nas quais o protagonista se mete – e em confusões também, típico de Jack Sparrow –, a estória é muito engraçada (aquele macaquinho tira qualquer um do sério). Tudo isso regado a muita, muita música – claro que regado às bebedeiras de Sparrow também.
Sou daqueles que dá nota a um filme de acordo com sua proposta – no caso desse, divertir. Um filme, ou melhor, qualquer coisa, seja essa coisa filme ou não, deve ser tratada como tal. “Piratas 3”, ou melhor, todos os filmes da série, não são sérios, por isso não devem ser avaliados como tal. Por exemplo, se o filme foi feito para fazer me fazer rir e consegue esse efeito, considero-o um bom filme. Se um filme tem o objetivo de me fazer pensar e/ou me assustar e conseguir, ele é um bom filme. Pois não posso avaliar uma comédia ou um suspense como se estivesse avaliando um filme mais culto ou apenas mais sério.
Taí um grande filme – dentro de seus parâmetros, óbvio.
Comentários (0)
Faça login para comentar.
Responder Comentário