Esse é o terceiro filme que acompanha a saga iniciada com "Planeta dos Macacos: A Origem", de 2011. Ela explica o que pode ter acontecido antes do filme de 1968, isto é, como os macacos passaram a dominar o planeta e escravizar os humanos, lá pelo ano 3.978.
Tudo começa com experimentos humanos, levando os símios a ter um outro tipo de inteligência. César é de todos o macaco mais inteligente e as circunstâncias o obrigam a revoltar-se contra os humanos. Logo foge com outros macacos e funda uma civilização do outro lado da Golden Gate, ao tempo em que a humanidade – ou seja, os Estados Unidos – são dizimados por um vírus símio. César torna-se líder dos macacos e ainda que evite ao máximo, trava guerras com os humanos.
Assim, nesses três filmes de 2011, 2014 e 2017, acompanhamos a evolução dos macacos. Os dois primeiros filmes são bons, inventivos, mas, neste terceiro, a fórmula parece mais gasta. Um dos seus maiores defeitos é ser sentimentalista: sim, sabemos que os símios têm emoção, são quase humanos – não é à-toa que no filme de 1968 reproduzem nossa civilização humana. Mas haver sentimentalismo é diferente de ser sentimentalista: cada vez que um macaco demonstra emoção, afeto, sobe a trilha sonora, a câmera fica lenta e há close nos rostos. São fórmulas padrões que nem sempre funcionam ou mostram-se adequadas. É o caso aqui, em que roteiro e direção forçam a barra para mostrar a humanidade dos símios e a desumanidade dos humanos. César tem sonhos com Kuba, que no segundo filme queria matar os humanos. Beira-se a vitimização. A ideia de que “macaco não mata macaco” e de que os seres humanos, ainda que acuados e quase extintos, continuam a guerrear entre si, é forte e não requer excessos para se impor.
Assim, "Planeta dos Macacos: A Guerra", não desenvolveu muito a história dos filmes anteriores.
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