(For a Few Dollars More, ITA/ESP/ALE, 1965).
Diretor: Sergio Leone. Elenco: Clint Eastwood, Lee Van Cleef, Gian Maria Volonté, Klaus Kinski, Mario Brega, Luigi Pistilli, Panos Papadopulos, Benito Stefanelli, Aldo Sambrell, Joseph Egger, Roberto Camardiel.
Dois caçadores de recompensa estão atrás de um perigoso assassino, conhecido como “El Índio”, de olho na recompensa de dez mil dólares. Mas, sem conseguirem capturar o bandido nem eliminar o rival, os dois resolvem unir forças para evitar a morte certa nas mãos do fora-da-lei e seu bando de assassinos.
Rodado na região desértica de Almeria, Espanha, e nos estúdios da Cinecittá, em Roma, este é o segundo de três filmes de Sergio Leone, com o ator Clint Eastwood. O primeiro foi “Por um Punhado de Dólares” (1964) e o terceiro “The Good, the Bad and the Ugly” (1967). Conhecido como o principal realizador do spaguetti western, dando mais importância à forma do que ao conteúdo, com ótimos planos de câmera, poucas falas e muita ação, Leone e o roteirista Luciano Vincenzoni (com a ajuda de Fulvio Morsella e do próprio diretor), criaram a figura do “pistoleiro sem nome”, papel que celebrizou o ator norte-americano Clint Eastwood no cinema, até então coadjuvante em séries de TV em seu país. Abandonando o pseudônimo de Bob Robertson, com o qual assinou seu filme anterior, Sergio Leone, na época, não imaginava que o seu primeiro trabalho iria fazer o enorme sucesso que fez, mundialmente, inclusive nos Estados Unidos da América (onde foi lançado apenas em 1967). A inesquecível trilha musical de Ennio Morricone marcou gênero, a ponto de acharmos que um western sem sua música, parece incompleto. O filme tem momentos surpreendentes, de violência, e outros de extrema criatividade. Destaque para o curioso duelo de tiros nos chapéus. O elenco traz nomes conhecidos. Clint Eastwood, faz o estranho sem nome – apesar de, aqui, ser chamado, por alguns personagens, de “Monco” ou “Blondie” (lourinho) –, que ele repetiria, voluntária ou involuntariamente, em vários trabalhos posteriores – alguns, dirigidos por ele próprio –, numa espécie de variações do mesmo personagem, como: “A Marca da Forca” (1968), de Ted Post, “Os Abutres Têm Fome” (1970), de Don Siegel “High Plains Drifter” (1973 – apelativamente denominado “O Estranho Sem Nome”) e “Os Imperdoáveis” (1992), uma espécie de aposentadoria do personagem – os dois últimos dirigidos por ele próprio. O ator Lee Van Cleef, um ícone do western, faz o Coronel Douglas Mortimer. Sempre em papéis de vilão (já que sua fisionomia não parece própria para nenhum outro tipo de papel), além deste e do terceiro filme de Leone, ele tem em seu currículo, entre outros, os filmes: “Gunfight at O.K. Corral” (1958), ao lado de Burt Lancaster e Kirk Douglas, sob a direção de John Sturges, “O Homem que Luta Só” (1959), com Randolph Scott, direção de Budd Boetticher, “The Man Who Shot Liberty Valance” (1962), ao lado de John Wayne e James Stewart, dirigidos por John Ford. O ator alemão Klaus Kinski, que vive o personagem Wild, é conhecido por ter atuado em “Aguirre, A Cólera dos Deuses” (1972), “Nosferatu, o Vampiro da Noite” (1979) e “Fitzcarraldo” (1982), todos dirigidos por Werner Herzog. O italiano Gian Maria Volonté, que faz “El Índio”, esteve presente também em “Por um Punhado de Dólares”, e em “O Incrível Exército de Brancaleone” (1966) de Mario Monicelli.
A edição em Blu-Ray Disc, pela FOX, traz a imagem em widescreen, com áudio DTS-HD Master Audio 5.1 (em inglês) e Dolby Digital 5.1 (em espanhol e português). Inclui os extras: “os Arquivos de Christopher Frayling, comentário em áudio, featurettes, Spots de rádio e trailers de cinema. 131 minutos.
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