The Maltese Falcon, EUA, 1941. Direção: John Huston. Elenco: Humphrey Bogart, Mary Astor, Peter Lorre, Sydney Greenstreet, Gladys George, Barton McLane, Lee Patrick, Elisha Cook Jr., Walter Huston.
Um detetive particular, de San Francisco, na Califórnia, é contratado por uma misteriosa mulher que alega estar sendo ameaçada de morte e quer descobrir o paradeiro de sua irmã. Porém tanto o seu perseguidor quanto um homem que a está protegendo, aparecem mortos. A cada vez que reaparece, a mulher usa um nome diferente. Na verdade ela está atrás de uma lendária estatueta de um falcão incrustada de jóias, de valor incalculável. A cada momento surge mais alguém disposto a se apoderar do misterioso objeto. Esperto e malicioso, o detetive não acredita em ninguém, enquanto todos competem para obter a estatueta.
Este foi o primeiro filme dirigido por John Huston, até então roteirista nos estúdios da Warner. Nem parece que era um estreante na direção de um filme, considerado, pelo famoso crítico de cinema Roger Ebert, como “um dos melhores de todos os tempos”, o primeiro grande film noir, que faz um perfeito uso da iluminação expressionista, característica do estilo.
A partir do lançamento em DVD, o filme passou a ser conhecido, no Brasil, pela tradução de seu título original “O Falcão Maltês” (o título oportunista, tanto brasileiro quanto português, era “Relíquia Macabra”). Baseado em livro homônimo de Dashiell Hammett, foi indicado ao Oscar de Melhor Filme, Roteiro (do próprio diretor) e Ator Coadjuvante (para Greenstreet).
Trata-se de um filme policial clássico, que conta com a presença de Humphrey Bogart, que ficou com o papel quando George Raft o recusou. Ele criou, aqui, seu personagem mais característico: o durão, honesto e anti-herói detetive particular Sam Spade. Na época, assim como o ator George Raft, ele era especializado em interpretar gangsteres. Ele pode ser visto também em “Casablanca” (1942), de Michael Curtiz, “O Tesouro de Sierra Madre” (1948) e “O Rainha da África” (1951), ambos dirigidos por John Huston.
No elenco estão também outras figuras importantes: o alemão Peter Lorre, criando um personagem discreto e homossexual, e Sydney Greenstreet, ator de teatro estreando no cinema com sessenta e dois anos de idade (ele atuaria também, no ano seguinte em “Casablanca”, do mesmo diretor). A atriz Mary Astor (3/5/1906-25/9/1987), que faz, aqui, o papel de uma “mulher fatal” chamada Brigid, apesar de ter sido estrela do cinema mudo, estava apenas com 35 anos de idade e ainda muito bonita. Este foi o seu melhor trabalho no cinema. Walter Huston, pai do diretor, aparece num pequeno papel, entregando a estatueta. Ele ganhou o Oscar de Melhor Ator Coadjuvante por seu papel no filme “O Tesouro de Sierra Madre”.
A edição nacional em Blu-ray Disc, pela Warner, traz o filme com imagem alta definição, no formato widescreen, na versão original em preto e branco, com áudio DTS-HD MA 1.0 (em inglês) e Dolby Digital 1.0 (em espanhol e português). Inclui diversos extras, entre eles: comentário de Eric Lax, o documentário sobre o filme “O Falcão Maltês: Um Pássaro Magnífico”, trailers de filmes estrelados por Humphrey Bogart e divertidos erros de gravação com vários atores e atrizes, em diversos filmes de Hollywood. Gênero: policial. 100 minutos.
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