Até onde o ser humano é capaz de chegar por drogas ou pelo emagrecimento, buscando a perfeição. Darren Aronofsky apresentou em 2000 a sua obra prima; Réquiem para um Sonho é uma obra prima de o que drogas, pílulas e busca pelo perfeccionismo é capaz de chegar.
Uma jornada profunda no mundo das drogas através de dois personagens principais. A mãe torna-se viciada em comprimidos para emagrecer, enquanto o filho injeta-se todos os dias com seus amigos. Suas vidas logo se tornarão um inferno e seus destinos prometem não ser dos melhores.
Com pequeno orçamento, Aronofsky já havia apresentado e interessantíssimo Pi. Desta vez ainda com grana curta ele faz a sua grande obra prima, partindo de um grande roteiro, o filme é fantástico mostrando a realidade (já que isso aqui não é novela das oito). Temos cenas que ainda refletem a realidade como o médico nem olhar para o paciente e a cena final que é o resultado final dos personagens são de maestria, com a trilha sonora desenvolvida por Clint Marshall é fantástica.
As atuações estão impecáveis. Jared Leto, que era projeto de ator na época, e o mais desinformado nem pensa que é o mesmo faz uma bela interpretação, dando vida a Harry. Jennifer Connelly que no ano seguinte ganhou o Oscar entrega uma atuação inclusive melhor. Sólida, ela consegue entregar uma excelente Marion, mas o grande destaque é de Ellen Burstyn que beliscou uma indicação (única do filme) tem uma atuação fantástica.
A parte técnica é impecável, com poucos mais de 100 minutos, o filme teria em média seiscentos cortes, aqui, temos mais de 2000, e obvio eles são rápidos, e excelente montagem (lembrando, mas nem comparando Tarantino), e com a trilha instrumental que casou perfeitamente com o filme.
Aronofsky conseguiu atingir seu ápice muito cedo, em uma obra-prima densa, tensa e real em que em nenhum momento tenta implantar uma lição de moral, mas sim alertar os perigos que a droga pode trazer na vida de adolescentes que sonham em ter uma vida melhor, cabe a decisão a você se aceita ou não.
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