Gostar de tudo que um ator ou diretor faz é estupidez. Prática de adolescentes e fanáticos religiosos. Todo mundo, seja em qual área for, comete um deslize em algum ponto da carreira. Também não é motivo de massacrar o sujeito como costumam fazer com os jogadores de futebol após perderem um gol.
Em Reviravolta, Bobby Cooper (Sean Penn) é um zé-sem sorte que devido a problemas mecânicos no carro, tem de parar em uma cidadezinha no meio do deserto. Enquanto espera o mecânico terminar o serviço, se envolve com os bizarros habitantes do local. Uma esposa promíscua (Jennifer Lopes), um marido de comportamento duvidoso (Nick Nolte), um cego filho da puta, o valentão da cidade e sua namorada louca, além do mecânico saído de um mundo cyber-punk. Tudo começa a dar errado quando Bobby perde o dinheiro que devia a um mafioso de Las Vegas. Daí então começa uma sequência de erros e acertos.
Em resumo, o filme é regular. O personagem de Sean Penn é o típico apostador do tipo que mais perde que ganha, que é mais enganado do que engana. Indiretamente irrita o espectador por sua postura condescendente. Mal reage às provocações dos habitantes da cidade chamada ironicamente de Superior. Reviravolta é na verdade uma comédia estilo humor-negro com alguma referência a Tarantino por conta da violência e construção caricatural dos personagens. Mas o ritmo lento, o vai e vem das situações e principalmente os personagens desinteressantes tiram a força do filme que quase deu certo. Não à toa se tornou uma espécie de filme Lado B. Tudo bem. Nada que tire totalmente a confiança no Oliver Stone que fez Nascido em 4 de Julho, Platoon e Assassinos por Natureza.
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