Se você não tem medo de se deparar com um vibrador em formato de ovo com controle remoto, poligamia, pessoas cantando o hino nacional em quanto fazem sexo, discussões sobre orgasmos, e situações que parecem um tanto quanto bizarras, assista.
Um filme com uma direção de arte muito bem feita, calcada no erotismo (onde até a estatua da liberdade é representada de forma mais... erotizada). Possui um apelo artístico, musical, político e sexual que se misturam, e resultam em um filme primoroso e interessantíssimo, cheio de referencias e bem crítico.
A trilha sonora é viciante, super "indie folk rock jazz" com artistas e bandas como Anita O’Day, Yo La Tengo, The Ark, Animal Collective, John LaMonica, Sook-Yin Lee, Scott Matthew e Jay Brannan (os três últimos não aparecem somente na trilha mas atuam no filme. O Jay Brannan e a Sook-Yin Lee possuem maior destaque) que nos embalam com qualidade do início ao fim do filme.
Shortbus não discute apenas bloqueios sexuais, discute as limitações humanas, relacionamentos, aceitação de nós mesmos e das outras pessoas como elas são, a sinceridade que devemos ter com a “permeabilidade” e a “impermeabilidade” das pessoas.
O orgasmo de uma mulher pode ser a representação da intensidade da vida, amor, diferenças, atração, e prazer. Mas também pode ser um coagulo entre o cérebro e o clitóris, que deveria ser uma placa mãe conectando energia de todo o mundo. Que toca a todos e conecta todo o mundo em busca da conexão e direção certa, um mundo de diversão que necessita de uma forte comunicação, tão forte que faz até outras energias (como a elétrica) oscilarem.
Os participantes das cenas orgásticas aparecem nos sextras e não extras do filme, o diretor John Cameron Mitchell e os cinegrafistas ficaram nus durante as filmagem de tais cenas.
Uma obra que se mantém atual, com uma produção que envolveu todo o elenco no processo de criação do roteiro, com leveza e bom humor (que aparece nas situações inusitadas e em diálogos bem inteligentes).
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