Sociedade dos Poetas Mortos (Dead Poets Society no original) dá início à sua história no começo do novo ano letivo na Welton Academy, uma escola preparatória americana extremamente tradicional e conservadora, cujo objetivo é preparar seus estudantes para entrar nas renomadas faculdades americanas da Ivy League. Este ano letivo começa com uma mudança no quadro docente: o novo professor de inglês, ex-aluno da Welton, John Keating (Robin Williams).
Logo os alunos percebem que ser o novo professor não é a única coisa diferente no Sr. Keating. Seu método de ensino e radicalmente diferente de tudo que a Welton Academy pregava até então. Usando a paixão pela poesia, o professor Keating ensina os alunos a tirar o máximo possível da vida e a viver e aproveitar cada dia. Ele também mostra para os alunos que às vezes é necessário contestar, se rebelar e gritar, seguir seus sonhos, e não deixar os outros pensarem por você.
Um grupo de alunos toma interesse nas lições do Sr. Keating e são encorajados por ele a formarem novamente a Sociedade dos Poetas Mortos, um clube do qual Keating fazia parte quando estava na escola e que foi dissolvido pela direção. A Sociedade dos Poetas Mortos se reunia para ler e interpretar poemas, e assim tirar o máximo da vida, objetivo que era explicitado pelo trecho de um poema escrito por Henry David Thoreau lido no começo de toda reunião:
“Fui a floresta porque queria viver intensamente
E sugar a essência da vida!
Eliminar tudo o que não era vida.
E não, ao morrer, descobrir que não vivi”
Dois dos alunos que formam a nova Sociedade, os amigos e colegas de quarto Todd Anderson (Ethan Hawke) e Neil Perry (Robert Sean Leonard), são especialmente influenciados por ela. Todd sofria de medo de falar em público, enquanto tentava se libertar da sombra do irmão mais velho, um dos melhores alunos da Welton Academy; Neil, por sua vez, é intensamente controlado pelo pai, que não admite desvios em seu objetivo de ver o filho na faculdade de medicina.
Ao longo do filme, Neil começa a se libertar da influência do pai. Tomando os ensinamentos do professor Keating, Neil entra para uma peça de teatro, contrariando os desejos de seu pai, que o tira de Welton para mandá-lo a uma escola militar. Neil, desesperado por não ter escolha sobre o rumo de sua vida, comete suicídio.
A direção da Welton Academy, já insatisfeita com os métodos liberais e não ortodoxos de John Keating, joga a culpa da morte de Neil no professor, intimidando os alunos que participavam da Sociedade dos Poetas Mortos a assinar um termo concordando com a direção. Assim, o professor Keating é demitido.
Uma das cenas mais emocionantes do filme acontece quando o Sr. Keating vai buscar seus pertences na sala de aula em que lecionava, onde os alunos que participavam da Sociedade estão estudando. Todd não aguenta ver o professor ir embora e se desculpa por assinar o termo da direção, e em seguida sobe em cima da carteira como Keating fez em sua primeira aula e o chama de “Capitão, meu Capitão”, como no primeiro poema que o professor leu em classe. O restante dos alunos na sala faz o mesmo, apesar das ameaças do diretor de expulsar quem não descesse da carteira. Essa cena mostra como o professor foi importante para esses alunos, e como ele mudou a visão que esses adolescentes tinham do mundo.
É um filme sobre várias das provações da adolescência, sobre o processo de descobrir quem você é, sobre aprender a pensar por si só, sobre seguir seus sonhos e viver a vida. É sobre não se conformar ao padrão imposto sobre você, não ser só mais um na multidão. No final, a mensagem passada pelo filme é complexa e leva a reflexão. É um filme muito bonito, que emociona e merece ser assistido.
Sociedade dos Poetas Mortos foi dirigido por Peter Weir, com roteiro de Tom Schulman e foi indicado ao Oscar de Melhor Filme, Melhor Roteiro Original, Melhor Ator e Melhor Direção; e ao Globo de Ouro de Melhor Filme de Drama, Melhor Ator em Filme de Drama, Melhor Diretor e Melhor Roteiro. Desses prêmios, levou o Oscar de Melhor Roteiro Original.
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