Este comentário é recomendado pela equipe Cineplayers.
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“SPF-18” é um filme tão despretensioso quanto maduro, e tem nessas duas características o seu maior trunfo. A obra não apresenta absolutamente nada de surpreendente, apesar dos draminhas lights, das boas frases de efeito e dos romances a la Sessão da Tarde. O longa-metragem cumpre a função de ser um leve passatempo que não ofende o senso crítico de quem o assiste.
Na trama, cinco adolescentes prestes a se formar no ensino médio passam o verão tomando conta da elegante casa de praia do Keanu Reeves. Entre romances e muito surfe, eles fazem descobertas sobre si mesmos e se veem obrigados a amadurecer e lidar com grandes decisões de vida.
Apesar do caráter pouco imaginativo do texto e da falta de pretensões que ronda a trama, a direção de Alex Israel encontra na falta de um grande clímax ou momentos de suspense a receita para envolver o espectador numa história que, como narrado por Goldie Hawn, parece até vida real em sua simplicidade, e por isso mostra-se leve e gostosa de ser assistida.
Além disso, o quarteto de atores principais cumpre bem seus papéis e tem química entre si, o que colabora para o bom resultado final. É fácil se envolver com as histórias de cada um, que mesmo não sendo aprofundadas, recebem um background satisfatório.
Assim, sentimos a dor de Johnny (Noah Centineo, figura recorrente em produções desse estilo adolescente) pela morte do pai, entendemos a complicada relação de Penny (Carson Meyer) com a mãe, torcemos para que Ash (Jackson White) consiga se tornar um musico country sem as pressões do estúdio para ser um astro pop, e compreendemos o histórico de Camila (Bianca Santos), que voltou do reformatório onde esteve por causa do uso de drogas.
As pontas de Pamela Anderson e Keanu Reeves também são relativamente inspiradas, e Rosana Aquette é outra que deixa sua marca nas poucas cenas em que aparece. Contudo, é Molly Ringwald que rouba a cena, como a estrela de novelas um tanto quanto excêntrica que busca ter uma oportunidade de aprimorar a relação com a filha.
Tudo isso nos é levado por meio de uma bela e delicada trilha sonora, ótima direção de arte (a mansão é luxuosa) e uma fotografia de bom gosto. Com isso, “SPF-18” mostra-se um bom filme.
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