Star Wars: Episódio V - O Império Contra-Ataca
O QUE PARECIA IMPOSSÍVEL ACONTECEU: GEORGE LUCAS EXPANDIU O UNIVERSO STAR WARS E FEZ UM FILME AINDA MELHOR DO QUE ESPISÓDIO IV – UMA NOVA ESPERANÇA
Apenas três anos depois do estardalhaço que Star Wars: Episódio IV – Uma Nova Esperança causou no cinema mundial, mudando completamente os rumos da indústria para sempre, George Lucas nos apresenta a seqüência da história, em um filme ainda melhor. Mas como? Como pode aquele filme que revolucionou o cinema ter sido superado? Por mais incrível que pareça, a resposta é muito simples: George Lucas e o diretor Irvin Kershner mantiveram tudo o que havia de bom em Episódio IV e ainda aperfeiçoaram os feitos especiais, edição de som, trilha sonora, roteiro e ainda por cima, em conjunto com o mestre John Williams, nos presentearam com um dos itens mais icônicos da cultura pop e do cinema em si: a Marcha Imperial, tema de Darth Vader, como nós a conhecemos hoje. Além da primeira aparição o baixinho Yoda e da fala mais famosa de toda série e uma das mais famosas de todos os tempos do cinema.
Em Star Wars: Episódio V – O Império Contra-Ataca, Luke (Mark Hamill), Han (Harrison Ford), Leia e os demais rebeldes estão baseados no gelado planeta Hoth. Em uma visão, Obi-Wan (Alec Guiness) orienta Luke a procurar por um antigo mestre Jedi conhecido como Yoda (Frank Oz) para terminar seu treinamento no longínquo sistema Dagobah. Sentindo um distúrbio na Força, Darth Vader (dublado magistralmente mais uma vez por James Earl Jones) ordena um ataque em massa ao refúgio dos rebeldes, que batem em retirada imediatamente. Porém, Luke dirigi-se com R2-D2 ao encontro deste misterioso e poderoso Yoda e Han, junto de Chewbacca, Leia e C-3PO, tentando escapar dos caças imperiais, tenta buscar ajuda de seu amigo Lando Calrissian (Billy Dee Williams) na cidade das nuvens, no planeta Bespin, mas acaba traído pelo mesmo e todos são capturados pelo impiedoso Vader. Podendo prever e sentir o sofrimento de seus amigos, Luke parte para resgatá-los, sem imaginar que tudo não passa de um estratagema do Imperador Darth Sidious (Ian McDirmind) para atraí-lo para o Lado Negro.
Star Wars: Episódio V – O Império Contra-Ataca (Star Wars: Epsisode V – The Empire Strikes Back,, 1980) foi marcante para mim por ter sido a primeira vez em que percebi (talvez até tenha sido a primeira vez no cinema, mesmo, desculpem minha falta de informação) uma trilha sonora para a entrada de um vilão. Em Uma Nova Esperança o tema aparece muito discretamente, de maneira bem diferente e quase irreconhecível. Já em O Império Contra-Ataca ela vem com tudo! Em forma de marcha mesmo, como num desfile militar, ela impera em nossos ouvidos cada vez que Darth Vader surge liderando sua temível tropa Imperial na caçada aos rebeldes liderados pela determinada Princesa Leia (Carrie Fisher). Outro ponto que envolve Darth Vader e que chama bastante a atenção em Episódio V é o aspecto do vilão. Nenhuma mudança em sua aparência, com exceção da iluminação. A armadura do vilão está bem mais lustrosa e, em conseqüência, menos opaca. Um mero detalhe, mas que faz bastante diferença, pois deixou o vilão ainda mais imponente. Esses são apenas alguns detalhes que fizeram com que Star Wars: Episódio V – O Império Contra-Ataca fosse um dos raríssimos casos em que uma seqüencia supera o original.
O Império Contra-Ataca possui muito mais profundidade do que todos os outros episódios da franquia. Todos os personagens ganharam mais desenvolvimento e delinearam melhor suas motivações. Han Solo, por exemplo, deixou de ser um mero contrabandista. Agora ele divide-se em três: um Han que quer salvar sua pele das garras do terrível Jabba; o Han que luta para instigar o amor oculto de Leia por ele; e o Han que quer sim, lutar ao lado dos rebeldes e pôr fim ao impiedoso Império. Essa divisão faz com que o personagem faça escolhas divergentes dentro da trama. Um ganho e tanto. Lando é outro personagem interessantíssimo. Um grande traidor à primeira vista, logo percebemos que ele defendia seu povo, e mesmo assim acabou por enfrentar o império ao lado de seus companheiros. Darth Vader e Luke protagonizam uma das mais importantes cenas do cinema com a grande revelação que vem na fala mais famosa de toda a série, dita pelo vilão: “Luke, I am your father!”. Pronto. Estabelecido o dilema. O pai herói, agora é o vilão a ser derrotado. Inserindo Yoda como novo mestre de Luke, Lucas mostra preocupação em justificar a evolução de Luke. Afinal, ele havia recebido muito pouco treinamento por parte de Obi-Wan. E os reflexos desse treinamento constante serão vistos não só ao longo deste episódio, mas principalmente no episódio seguinte. O filme ainda mostra pela primeira vez, o Imperador Darth Sidious e o famosos caçador de recompensas Boba Fett, que tem sua história apresentada em Star Wars: Episódio II – O Ataque dos Clones (Star Wars: Episode II - Attack of the Clones, 2002).
Com uma cena inicial inserida para justificar o rosto marcado de Hamill (o ator sofrera um grave acidente de carro pouco tempo depois de Episódio V – Uma Nova Esperança e precisou submeter-se à várias cirurgias plásticas de reconstituição facial, mas as cicatrizes permaneceram), O Império Contra-Ataca destacasse dos demais capítulos de Star Wars também pelo fato de ser o que mais dificuldades apresenta aos mocinhos. Luke quase morre e ainda tem o braço decepado, Han Solo é capturado e entregue à Jabba, Lando precisa trair seus amigos para sobreviver, C-3PO é destruído e por aí vai. Finalmente tememos o Império. É, indiscutivelmente, o episódio mais tenso da série.
Não vou “desperdiçar” um parágrafo inteiro para falar do que é mais do que óbvio, que é a qualidade técnica do filme. Absolutamente IMPECÁVEL E PERFEITA.
Levando “apenas” os Oscars de Melhores Efeitos Especiais e Edição de Som, além de indicado para Melhor Trilha Sonora, Star Wars: Episódio V – O Império Contra-Ataca (Star Wars: Epsisode V – The Empire Strikes Back,, 1980) é o melhor de todos os seis filmes da série, sem sombra de dúvidas. É o mais maduro, mais bem feito, mais trabalhado, mais profundo e também o mais divertido. A obra-prima máxima deste gênio chamado George Lucas.
Falou tudo Cristian, ótima critica! Concordo com cada palavra. Tanto que a minha nota também é 9,5.
Esse é o melhor de todos! Sem dúvida.
Muito obrigado Samuel!!!!
O Cristina colorado, porque ficou faltando meio ponto pro Georga Luca???
Cara, não sei.....
|Fiquei bastante em dúvida na hora de dar a nota e o 9,5 me pareceu mais justo.
Agora tu me pegou....😳