Após 14 anos de evolução da robótica, os robôs ficaram tão sofisticados que as pessoas passaram a preferir viver o dia-a-dia através deles. Versões, muito melhoradas, de seus donos passaram a substituí-los no trabalho e se arriscar no mundo real, enquanto seus proprietários permanecem em suas próprias residências, seguros e comodamente relaxados em uma espécie de poltrona reclinável tecnológica, ligados a um equipamento, projetando suas consciências nesses robôs perfeitos. Porém, nos últimos 3 anos, começou a aparecer uma resistência a essa maneira de encarar a tecnologia, numa espécie de resposta dos humanos aos robôs, abalando o aparente equilíbrio da nova sociedade. Uma arma desconhecida foi usada para assassinar o filho do inventor dos computadores substitutos, ex-presidente da gigantesca empresa que os fabricou, provocando a intervenção dos investigadores do FBI, com a missão de descobrir como essa nova arma pode destruir tanto os “substitutos” quanto as pessoas que estão comandando seus movimentos no conforto do lar.
Baseado em uma história em quadrinhos de Robert Venditti & Brett Weldele, dirigido por Jonathan Mostow (de “Terminator 3 – A Rebelião das Máquinas”) e escrito por Michael Ferris & John D. Brancato (roteiristas de “Terminator 3” e “Terminator Salvation”), o argumento do filme é mais do que extraordinário. O assunto é muito mais importante do que andróides exterminando a humanidade ou tentando tomar o poder, porém parece ter faltado mais de criatividade e ousadia no roteiro, abandonando um pouco o excesso de cenas de ação, muito “na moda” nos filmes atuais.
Os melhores efeitos visuais e de som já vistos estão presentes nesta produção, criando a sociedade futurista mais realista de todos os tempos, com ótimas perseguições, envolvendo humanos e robôs. As autoridades são muito mais ousadas e implacáveis quando não correm risco de vida para pegar um bandido – isso torna tudo mais interessante, como em um videogame.
Todo o elenco está ótimo, com destaque para Bruce Willis, muito à vontade, como sempre, em filmes de ação. Surpreende a atuação da atriz australiana Radha Mitchell, revelada em “Pitch Black” (2000) – depois atuou em “Quando Estranhos Chegam” (2001) e “Rogue” (2007) – firmando-se como a eterna coadjuvante de ação. O ator James Cromwell esteve em “Los Angeles Confidencial” (1997) e em “Eu, Robô” (2004). Ving Rhames atuou em “Pulp Fiction” (1994) e em “Madrugada dos Mortos” (2004).
A edição nacional em Blu-Ray Disc, pela Touchstone, traz a imagem em alta definição, no formato widescreen anamórfico, com áudio DTS-HD MA 5.1 (em inglês) e Dolby Digital 5.1 (em português e espanhol). Inclui comentário em áudio do diretor, “Mais Perfeitos que Você: A Ciência de Substitutos”, “Quebrando a Moldura: A História em Quadrinhos Ganha Vida” e o vídeo clipe “I Will Not Blow”, de Breaking Benjamin. 89 minutos.
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