Topaz, EUA, 1969. Diretor: Alfred Hitchcock. Elenco: Frederick Stafford (André Devereaux), John Forsythe (Agente Federal Michael), Dany Robin (Nicole Devereaux), John Vernon (Rico Parra), Karin Dor (Juanita de Córdoba), Michel Piccoli (Jacques Granville), Philippe Noiret (Henri Jarre), Claude Jade (Michèle Picard), Michel Subor (Francois Picard), Carlos Rivas (Hernández).
Um espião francês é contratado por um agente federal norte-americano para descobrir se os russos estão instalando mísseis em Cuba. Tal suspeita se revela verdadeira. O espião não só terá que extrair informações dos oficiais cubanos, como desmascarar uma rede de espionagem chamada Topázio.
Este foi o antepenúltimo filme de Alfred Hitchcock. Depois deste, ele realizou “Frenesi” (1972) e seu ótimo trabalho de despedida, com muita sátira: “Family Plot” (1976). Desde “Psicose” (1960), que ele não conseguia emplacar um grande sucesso de crítica e público. Até mesmo “Os Pássaros” (1963) e “Marnie” (1964) passaram e ser cultuados anos depois de seus respectivos lançamentos.
Realizado para o estúdio Universal, que exigiu que ele fizesse sua versão do best-seller de Leon Uris (que, por sua vez, foi baseado no caso verdadeiro de espionagem conhecido como Caso Safira), sem deixar que o cineasta escolhesse sua próxima produção. Já com a saúde debilitada pela idade, ele se viu obrigado a tocar um projeto que não o agradava, pois conforme ele mesmo declarou, detestava filmes políticos.
Apesar de não se situar no mesmo nível de seus melhores trabalhos, ainda assim “Topázio” é um bom filme. O roteiro foi escrito por Samuel Taylor, o mesmo do excelente “Vertigo” (1958), uma de suas maiores obras-primas.
O filme foi mal de bilheteria, em parte por ser baseado em um fato real, a famosa Crise dos Mísseis, de 1962, cujo desfecho, já nos anos 60, era mundialmente conhecido, o que prejudicava o suspense da trama. É uma história de espionagem que chega a lembrar os filmes do agente 007, porém sem toda aquela ação.
A produção poderia render melhor se tivesse um elenco de famosos. A atriz Karin Dor interpreta Juanita de Córdoba, inspirada em Juanita Castro, irmã de Fidel. Curiosa é a rápida passagem pelos rostos dos atores que fazem pontas, nos papéis de Fidel e Che Guevara, bem semelhantes aos originais nos anos 60. O único ator mais conhecido no elenco é John Forsythe (que faz o agente federal Michael). Ele esteve presente no excelente e bem-humorado “The Trouble With Harry” (1955), conhecido aqui como “O Terceiro Tiro”, do mesmo diretor.
Curiosidade: a habitual aparição do diretor em seus filmes, ocorre aqui, no início do sexto capítulo (aos 32 minutos e 27 segundos), com ele em uma cadeira de rodas, sendo levado por uma enfermeira, no corredor de um aeroporto. Ele encontra um conhecido, levanta-se, o cumprimenta e saem caminhando juntos.
A edição em Blu-Ray Disc, pela Universal Films, traz a imagem com alta definição em widescreen anamórfico, e áudio em DTS-HD MA 2.0 (em diversos idiomas). Inclui “Topázio: Uma Apreciação por Leonard Maltin” (crítico e historiador de cinema), três finais alternativos, historyboards – os Mendoza, fotografias da produção e trailer de cinema. Duração aproximada: 143 minutos.
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