Confesso que filmes sobre guerra me dão uma certa preguiça. As reflexões sobre os atos humanos sempre serão necessários para aperfeiçoarmos as nossas ações e nossa sociedade, ou seja, relembrar e refletir é essencial para evitar repetir as grandes cagadas da humanidade. O cinema é uma bela ferramenta de reflexão, a guerra de modo geral é o ápice da estupidez humana, porém essa junção já não comove há tempos, a temática das guerras já me parece um tanto esgotada no cinema.
Porém ao ler a sinopse de “O Trem da Vida” fui arrebatado por uma enorme curiosidade, a história que tem a fuga de uma comunidade judia que vive na Europa, em um trem de deportação falso, sob o próprio comando deles mesmos, durante a tomada nazista da Segunda Guerra Mundial, me pareceu uma história com algumas possibilidades interessantes, e logo ficaram interessantíssimas quando descobri que o “O Trem da Vida” era classificado como comédia e drama.
Para minha grata surpresa “O Trem da Vida” não é um bom filme, e sim um filme extraordinário. Uma linda e, incrivelmente, engraçada comédia, com uma história fantástica que apenas a magia do cinema permite contar, repleta de personagens carismáticos aos quais nos afeiçoamos automaticamente. Ahh... Que personagens!!!... Desculpa é que bateu uma saudade aqui. Essa é uma comédia com seus momentos de poesia, um filme assistido com muitas risadas e alguma lágrima.
Pena ser um filme tão raro de ser encontrado, mas procure e assista porque vale cada risada. Slohmo só se esqueceu de contar no final do filme: “E todos souberam dessa incrível história, e até fizeram seu filme, e O Trem da Vida foi assistido por todas as pessoas do mundo, e foi declarado pelo Alto Conselho de Todas as Nações do Mundo o grande filme definitivo sobre guerras, e depois todos esqueceram que já assistiram A Vida É Bela e O Resgate do Soldado Ryan.”
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