Um filme divertido. Um grande hiato se deu da primeira vez que assisti ao filme Uma Cilada para Roger Rabbit (mais especificamente na infância, na década de 90) e a segunda vez, em que pude revisitar o porquê de ter gostado tanto quando era criança. A narrativa se passa em Hollywood, em 1947, e claro, traz o clima charmoso de sobretudos, calças com suspensório e chapéus à la máfia. A trilha sonora também ajuda a construir esse clima sedutor. O jazz, com seus duetos de piano (Patolino e Pato Donald) e suas apresentações solo de vocal feminino provocante (Jessica Rabbit). O enredo em si é interessante, com o uso dos arquétipos da narrativa policial, até mesmo com suas reviravoltas surpreendentes e propositais, uma homenagem ao gênero numa narrativa surreal de convivência de desenhos animados e seres humanos.
A animação é convincente e de fato foi revolucionária pelo belo trabalho, custa acreditar que é uma película de 1988. Além da trabalho magnífico nas animações, justamente a escolha de mexer com o lúdico, com a infância, e as inúmeras participações especiais (Mickey, Pernalonga, Betty Boop, Pica-Pau, Pateta entre diversos outras) acertam a mão na intenção de pôr um sorriso no rosto numa onda nostálgica e prazerosa. A criação de uma realidade alternativa entre o fantasioso das animações e da vida real cria uma nova perspectiva: os desenhos mais humanos, que cometem crimes, casam-se, com suas particularidades e problemas. Ótima diversão com doses de conteúdo.
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