Uma das grandes parcerias do mundo cinematográfico já realizadas nos últimos anos reuniu os dois principais estúdios de animação dos EUA, culminando em uma empresa munido de qualidades que poderiam ser listadas por horas à fio, como também seu total retorno financeiro, que sendo garantido e seguro, ganham a confiança de produtores e roteiristas para que estes desenvolvam as histórias mais fantásticas e mirabolantes da sétima arte. O contemporâneo estúdio da Pixar ladeado ao lendário estúdio Disney tinha tudo para dar certo e se sagrarem campeões absolutos de público e crítica junto ao gênero que dominam, deixando para trás outros grandes estúdios de animação americanos, como a Dreamworks de séries como Shrek e Blue Sky de franquias como A Era do Gelo. Porém o que anteriormente se mostrava sucesso garantido e sem sustos financeiros no que se referem a arrecadações nos cinemas, o estúdio passou a gerar certa desconfiança que antes nem se cogitava a ideia de passar nas cabeças de crítica e público.
Valente bebe da fonte da Disney em sua concepção, e tais características presentes em sua estrutura de história e personagens fica ainda mais evidente quando comparado á obras anteriores do estúdio. Tal distanciamento do estilo que vinha sendo produzido com frequência (e sucesso, diga-se de passagem) provocou ao menos dúvidas naqueles que se acostumaram a se divertirem e emocionarem pra valer com as animações. Será que o lançamento da continuação de Carros(bastante inferior em nível de história), não conseguindo agradar aos fãs mal acostumados com obras primas, permitindo aparecer leves críticas ao trabalho e rumo recente pego pelo estúdio, obrigou ao mesmo a buscar inspiração nas velhas fontes seguras empregadas por décadas e décadas pela Disney e suas tramas fantasiosas de princesas, monstros e conto de fadas em geral? O questionamento foi levantado e fica a dúvida no ar se o estúdio irá recuperar seu prestígio total junto aos fãs e crítica.
Em relação ao filme, é corretamente apontada como o pior exemplar do estúdio em muitos anos (não em termos de qualidade técnica de animação, mas sim de história e personagens), sem mencionar seu projeto anterior, uma continuação caça níquel descarado, o que nos faz perguntar qual destino será tomado daqui em diante pelo estúdio, ou se é que mudariam algo, tendo em vista que os valores financeiros, o que realmente importa neste e em demais setores, continuam altos e favoráveis. A trama é tão simplória que nem parece ter sido construída pelo mesmo estúdio de obras primas como Ratatouille e WALL-E, sendo apresentada a mesma fórmula empregada em inúmeros filmes da Disney, com o estilo de seus personagens centrais costumeiros, os inimigos e perigos, as lições de moral e tudo mais, fazendo deste título uma obra bem distante do envolvimento sentimental e crítica social das animações citadas anteriormente, lançadas respectivamente em 2006 e2008.
Nos cabe então aguardar os próximos lançamentos do estúdio, que por suas referencias nunca deveria ao menos criar dúvidas a cerca de um projeto, em vista de tudo o que realizaram em termos de animação, qualidade de roteiros cada vez mais afiados e personagens marcantes que se mostram encantadores por muito tempo.
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