Winchester 73, EUA, 1950. Diretor: Anthony Mann. Elenco: James Stewart (Lin McAdam), Shelley Winters (Lola Manners), Stephen McNally (Dutch Henry Brown), Dan Duryea (Waco Johnnie Dean), Will Geer (Wyatt Earp), Rock Hudson (Jovem Bull), Tony Curtis (Doan), Charles Drake (Steve Miller), Millard Mitchell (Frankie Wilson), John McIntire (Joe Lamont), Jay C. Flippen (Sargento Wilkes).
Um homem, chamado Lin McAdam, e seu melhor amigo, Frankie “High Spade” Wilson, viajam para Dodge City, durante os festejos de comemoração do aniversário da cidade, com a intenção de participar do concurso de tiro, cujo prêmio é um rifle Winchester 1873, uma poderosa arma, a melhor e mais desejada arma do oeste norte-americano da época, tão perfeitamente fabricada que era considerada “uma em mil”. Muita gente estava disposta a roubar e a matar para ficar com ela. Outros pistoleiros também chegam à cidade atraídos pelos festejos e pelo prêmio. Entre desavenças e aventuras, a arma acaba passando de mão em mão, inclusive nas mãos dos índios.
Este é o primeiro de outros sete trabalhos dirigidos pelo consagrado diretor Anthony Mann, com a presença de seu ator preferido James Stewart.
O diretor meche com a mitologia do Velho Oeste, questionando alguns mitos, e registrando alguns fatos históricos. A mítica Dodge City, na visão do diretor, não é aquele primor de segurança que diz a lenda, onde um bandido é capaz de roubar o prêmio do concurso de tiro e fugir ileso da cidade. O próprio Wyatt Earp (vivido por Will Geer), o xerife da cidade, na ocasião, é mostrado como um cinquentão distraído, que apenas se utiliza de sua fama para se impor aos pistoleiros, desarmando a cidade durante os festejos, com a ajuda de seus irmãos e do lendário Bat Masterson.
A Conquista do Oeste é mostrada sem ufanismo, com os índios comprando armas de fogo de mestiços para combater a cavalaria norte-americana e para rechaçar qualquer um que passe pelo seu território.
O elenco do filme é um atrativo à parte. James Stewart, o preferido do diretor, é um ator acima de qualquer crítica. O melhor western do qual participou foi, ao lado de John Wayne, em: “O Homem que Matou Liberty Valance” (1962), de John Ford.
Sempre em papéis de vilão está o ator Dan Duryea. Ele pode ser visto em “Ministry of Fear” (1944), de Fritz Lang.
Outro nome habitualmente presente em westerns é Stephen McNally. Ele esteve também em: “A Caravana da Morte” (1955), de Jack Arnold, “Honra a um Homem Mau” (1956), de Robert Wise, e “Com o Dedo no Gatilho” (1960), de George Sherman.
O veterano Will Geer, um ótimo coadjuvante, merece ser visto em “Flechas de Fogo” (1950), de Delmer Daves, e “Jeremiah Johnson” (1972), de Sidney Pollack.
O diretor Anthony Mann é um realizador que pode se dar ao luxo de ter, em papéis menores, atores do calibre de Rock Hudson, fazendo um chefe índio, e Tony Curtis, como um soldado da cavalaria. O primeiro, tem como melhor trabalho o filme “Giant” (1956), de George Stevens, atuando ao lado de Elizabeth Taylor e James Dean. O segundo brilhou em “Some Like it Hot” (1959), de Billy Wilder, co-estrelado por Jack Lemmon e Marilyn Monroe.
A figura feminina deste filme é a premiada atriz Shelley Winters, aqui ela faz Lola Manners, ótima e interessante, com seu olhar debochado. Um pouco mais velha e com uns quilinhos a mais, ela deu o seu showzinho à parte em “O Destino do Poseidon” (1972), de Ronald Neame.
A edição nacional em DVD, pela Classic Line, traz o filme com imagem em preto e branco, no formato fullscreen, originais da época, e áudio Dolby Digital 2.0 (stereo). Não inclui extras. Duração: 93 minutos.
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