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Críticas

Cineplayers

O retorno de Joe Dante fica bem além do esperado e prometido.

3,0

O cineasta Joe Dante faz parte da infância de todos com mais de 30 anos. Enquanto hoje em dia é a Pixar que forma público, ou Adam Sandler, ou JK Rowling, ou Stephanie Meyer (e a partir dai a tendência é que a lista piore até chegar no nível 'latrina', se é que isso já não o é), nos anos 80 eram praticamente impossível que uma criança não tivesse visto Gremlins ou Viagem ao Mundo dos Sonhos ou Viagem Insólita, ou os três. E não amasse todos. Tendo dirigido também o primeiro Piranha, já deu pra sentir que o cara tem bagagem pra dar e vender, merece respeito e crédito. Por isso que não gostar desse seu novo filme não implica em ficar com raiva do tio, apenas uma decepção leve, ainda assim em um filme sem pretensão alguma que só queria te divertir... pena não conseguir.

O filme é uma zoação de Dante com o 'terrir', principalmente as tentativas dos anos 60 e 70, brincando com a febre de hoje em dia com o universo zumbi. O casal protagonista do filme não sabe ainda, mas não tem nada a ver um com o outro, inclusive o rapaz até já se mostra interessado por uma dona de sorveteria, mas a ilusão de ter encontrado a mulher da sua vida não o faz perceber de cara que ela é controladora, manipuladora e castradora ao limite, impedindo o cara cada vez mais de ter uma vida pessoal. Quando está prestes a terminar o relacionamento, ela é atropelada por um ônibus e morre. Mas um bizarro pedido/sonho a um demônio mágico a faz retornar a vida, se tornando ainda mais pegajosa e mimada, e agora além disso tudo um monstro de força redobrada e capaz de matar quem atravessar seu caminho.

Uma pena que o filme não funcione como terror, como comédia, como sátira, como brincadeira ou mesmo como trash; enfim, o filme não funciona. E olha, o elenco conta com Anton Yelchin como protagonista e o igualmente talentoso Oliver Cooper como o irmão dele, garantindo esse personagem as poucas seqüências com alguma graça do filme. A maquiagem ruim nem é um problema grave tendo em vista que tudo é vendido como uma brincadeira sem grandes consequências, mas incomoda um pouco o filme não ter um roteiro um pouco mais estruturado, ou a fraca Alexandra Daddario tentando convencer como a namorada chata mesmo depois de morta.

No fim das contas até pode ser que alguém se distraia e encare o filme com menos exigência que eu, curtindo coisas que eu devo ter achado realmente ruins. O fato é que tio Dante continua com rios de crédito comigo, mesmo que o escorregão tenha sido feio e o tiro tenha saído pela culatra por aqui.

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