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Críticas

Cineplayers

Mais para propaganda que documentário, Moore utiliza seu senso de humor para expor os podres da administração Bush.

8,0

Não é bem um documentário, é propaganda. Mas uma boa de assistir.

Certamente o fato do filme ganhar Cannes foi um ato político, deu a Moore ainda mais exposição e com os problemas que teve com distribuidores certamente o filme precisava de todo empurrão possível para atingir o máximo de lares americanos, para isso o comitê do Festival (que assim como todo o resto do mundo quer o Bush fora) deu uma força. E o fato do filme abrir exatamente com a fraude na sua eleição serve para acordar o sonolento eleitorado americano.

E o que se segue, se não é novidade ou se não vai mudar a opinião de ninguém, pelo menos entretém bastante. Muito bem editado e descaradamente manipulador, o filme é uma montanha russa de emoções. Riso, ódio, repulsa, tristeza e indignação, devo dizer que não esperava muito mais além de dar risadas da cara do Bush e o filme faz isso muito bem na primeira metade. Também convenhamos, ridicularizar o presidente americano nunca foi tão fácil. Moore é totalmente parcial e não está nem um pouco interessado em mostrar dois lados da moeda, mas pessoalmente eu não me incomodei, já que a intenção é derrubar o caipira do poder, pau nele!

Quando o filme passa para a Guerra do Iraque o tom fica mais sombrio, porém meio apelativo quando Moore alterna imagens chocantes de pessoas mutiladas com os dramas dos que perderam entes queridos, em especial duas mães: Uma iraquiana chorando seus parentes que morreram sem nunca ter feito nada de errado e a mãe de um soldado americano, que chora por saber que seu filho morreu por causa da ganância de alguns. Essas cenas são estrategicamente feitas para que as pessoas sintam raiva de Bush e logicamente é impossível não se sensibilizar. Eu que sou manteiga derretida tive que segurar lágrimas em algumas partes, mesmo desconfiando de ter rolado alguma encenação.

O filme, ao contrário dos antigos de Moore, quase não conta com o documentarista fazendo suas sempre interessantes intervenções, mas ele como comediante não pode competir com o Bush, não é verdade?

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