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Críticas

Cineplayers

O Albergue é mais um filme do filão sanguinário, masoquista e sádico.

7,5

Como se não bastasse uma enxurrada de sangue, precisamente 150 galões do líquido vermelho, Eli Roth pretende levar novamente para as telonas a continuação de O Albergue. Na continuação o famoso clube da tortura será mantido. Mas nessa matéria iremos falar da primeira versão, inspirada (ou não) no Massacre da Serra Elétrica, com produção do cultuado Quentin Tarantino. O Albergue entra para o filão dos longas violentos, sádicos e sanguinários e na época Roth disse que estava fazendo o “filme americano mais assustador em uma década”.

 

Definitivamente este não é um filme que agrade muitas pessoas, na verdade, dificilmente agradará alguém. Porém, tanto nos EUA quanto no mercado internacional, "O Albergue" teve forte apelo junto ao público jovem. Na época, segundo pesquisas, atraiu uma platéia de homens com menos de 25 anos.

 

Assim como no Massacre da Serra Elétrica, o Albergue mostra até onde pode chegar a crueldade humana. O enredo é interessante e para quem gosta de ver o mocinho se vingar, digo, se vingar com a mesma crueldade a que foi submetido, então este é o filme.

 

Paxton (interpretado por Jay Hernandez) acaba sendo vítima, junto com dois amigos, de uma espécie de clube da tortura ao cair no velho truque do “boa noite Cinderela”. Atraídos por drogas fáceis e sexo liberado, os amigos vão parar na Eslováquia, lá são seduzidos por duas belas nativas e entre uma bebida e outra ambos passam mal. Um deles é levado para o clube da tortura e Paxton tem mais sorte e cai desmaido no banheiro e não é levado.

 

O enredo da filme até chegar ao ponto em que os amigos são levados para a tortura lembra mais a filmes adolescentes. Ou seja, amigos à procura de diversão. Entretanto, na metade do filme tudo muda e a violência toma conta da história. Paxton, ao acordar, começa a procurar seus amigos e encontra as duas mulheres que o seduziram. Sem entender nada, pede a elas que mostre a ele onde estão seus colegas, sem pestanejar, as amigas concordam. Mal sabia Paxton que seria levado também para o “clube da tortura”.

 

Chega um ponto da história em que nos perguntamos: “Porque eles são torturados?”. A resposta é simples. Os integrantes do clube pagam para que turistas sejam sequestrados para serem as “cobaias” de seus algozes, que sentem prazer em torturar alguém.

 

O diretor teve a idéia para o roteiro quando encontrou na Internet sites em que pessoas pagavam grandes quantias de dinheiro, para que, em troca, pudessem praticar atos de extrema violência com seres humanos. Roth logo pensou que daria para fazer fantástico roteiro sobre o assunto e pediu ajuda a Tarantino, que imediatamente apoiou a idéia. Pronto. Estava feita a parceria.

 

No final do filme ouvimos os comentários mais exaltados das mulheres: “Nossa, que filme horroroso”, realmente, pedaços de corpos, braços decepados, aparecem (e muito), durante todo o filme. O mocinho da história inclusive perde dois dedos durante a sessão de tortura, mas a vingança, pelo menos no filme, é um prato que se come quente e rápido! Após tanta crueldade com Paxton, ver o mocinho levantando e cortando com canivete, bem devagarinho os outros dedos de um de seus algozes é fantástico!

 

A  continuação ficará a cargo das empresas Screem Gems e Lionsgate, produtoras do filme. Afinal o orçamento doi de US$ 4,5 milhões e já arrecadou mais de US$ 71 milhões. Para quem gosta de um bom trash, esse eu recomendo. Para quem não gosta de violência, é melhor passar longe.

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