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Críticas

Cineplayers

Não é material de Oscar, mas é uma aventura emocionante e muito divertida.

7,0

A obra de Alexandre Dumas (que também escreveu Os Três Mosqueteiros) é mais uma vez adaptada para o cinema. Não usando nenhum nome de grande renome, esta nova versão do diretor Kevin Reynolds aposta no talento dos atores em franca-ascensão James Caviezel (Olhar de Anjo) e Guy Pearce (Amnésia, A Máquina do Tempo). Os dois interpretam dois grandes amigos, Edmond Dantes (Caviezel) e Fernand (Pearce), até o momento em que Fernand, que não consegue mais suportar a inveja interior que possui de Dantes (mesmo sendo de uma família nobre, muito rica), por este possuir uma belíssima mulher, acaba fazendo com que Dantes, um homem pobre e honesto, seja acusado de traição e assassinato, indo parar em uma prisão isolada do mundo, em uma ilha.

Aqui o filme começa a ficar bastante interessante, pois Dantes, ao longo dos anos que fica preso (em um pequeno quarto de pedra de poucos metros quadrados), vai perdendo a fé em Deus, até que dá de cara com um padre que também estava preso e tinha um plano de fuga. Resumindo tudo (afinal é mais interessante você mesmo conhecer a história), Dantes escapa da prisão (em uma cena bem interessante) cheio de ódio e sedento por vingança. Encontra a sorte em um tesouro inominável, vira Conde (de Monte Cristo, o local onde o tesouro foi encontrado), e começa a vingar-se de todos que o traíram, entre eles sua noiva, que casou-se com Fernand, o seu ex-parceiro de mar, e o próprio Fernand.

Bem, o filme possui uma mistura muito boa de aventura de capa-e-espada (afinal, Dumas, como já disse, escreveu Os Três Mosqueteiros também), piratas, com questões mais profundas como "se vale à pena mesmo qualquer forma de vingança". O filme possui uma fotografia de época linda, com mansões luxuosas e belas roupas.

Os atores estão muito bem no filme, mesmo o injustamente sempre criticado Guy Pearce passa muita emoção a Fernand, e a transformação que ocorre do início do filme para 15 anos depois, quando Dantes o reencontra, é plausível. O papel principal, claro, é de Caviezel, que interpreta o Conde. A melhor parte do seu personagem é mesmo dentro da prisão (parte que ocupa um bom trecho das quase 2:15 horas de filme - e também é a melhor do filme), onde os espectadores que estiverem devidamente imersos sofrem juntamente com ele.

Conde de Monte Cristo pode não ser material "de Oscar", pode não ser original como filme, mas oferece mais do que somente diversão gratuita, mesmo já tendo sido transposto para o cinema anteriormente.

Comentários (2)

Cristian Oliveira Bruno | sábado, 23 de Novembro de 2013 - 18:48

Ótimo filme!! Guy Pearce é bom ator, melhor que Caviezel, mas não vão muito com a cara dele......

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