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Críticas

Cineplayers

Clichê com menos qualidade na história e cenas de ação que não satisfazem. Será que ficou faltando algo?

2,0

Vin Diesel já faz parte do grande estrelato de Hollywood, mesmo que não tenha feito nada demais até agora para isso. Tem no currículo os divertidos Velozes e Furiosos e Triplo X, além de ter feito uma pontinha no excelente O Resgate do Soldado Ryan, mas tem levado seus filmes mais no carisma mesmo do que no talento como ator. Tem também uma característica de fugir das seqüências caça-níqueis dos filmes, como podemos ver recentemente ao recusar uma bolada de 20 milhões de dólares para estrelar o péssimo +Velozes +Furiosos e, mais recentemente ainda, Triplo X 2, com Ice Cube sendo contratado em seu lugar. Nesse ponto ele está mais que certo, não contribuindo para essa pouca vergonha dos estúdios, porém se pretende ficar lá em cima, é melhor começar a escolher um pouco melhor seus trabalhos, pois esse O Vingador é bastante ruim. Chato, desinteressante, tem menos ação que esperamos dos filmes de Vin e ainda por cima clichê do início ao fim com um final pretencioso que quer surpreender quem estiver assistindo.

A história por aqui é a seguinte: Sean Vetter (Vin Diesel) trabalha como policial na fronteira entre México e EUA no combate as drogas. Após prender o perigoso Memo Lucero (Geno Silva), líder do Cartel de Baja e principal traficante no qual procurou durante longos sete anos, um novo traficante, que se auto intitula ‘Diablo’, começa a agir para tomar conta do cartel. É quando Stacy (Jacqueline Obradors), mulher de Vetter, é assassinada por esse novo traficante. Obviamente Vetter ficará consumido pela raiva e tentará, a todo custo e fazendo tudo o que for possível, se vingar pela morte de sua amada. Ainda na história, temos Demetrius Hicks (Larenz Tate), também policial e parceiro de Vetter, que o acompanhará a todo custo em sua busca.

O interessante na direção de F. Gary Gray é que ele não explorou o lado físico de Vin Diesel, dando ao ator até algumas cenas de intensidade dramática maior que em seus outros filmes, como na cena em que Vetter descobre que sua mulher está morta, mas nada que puxe muito da interpretação do ator. O filme é bem fotografado, bonito, mas peca por ter excesso de cortes em cenas simples, como a festa na casa de praia de Vetter, que há dúzias de cortes onde simplesmente não eram necessários, o que incomoda visualmente a cena. Outro trabalho do diretor que entrou em cartaz recentemente e que já recebeu uma crítica aqui em nosso site é o fenômeno americano de bilheteria Uma Saída de Mestre.

Mas ao mesmo tempo em que Gary acerta no modo de contar sua história, não ficando cansativa nunca (apesar de previsível), ele erra no principal de um filme policial: as cenas de ação. Quase sempre confusas, nunca empolgam o espectador, o que é um erro grave para o gênero em que se enquadra. A luta final entre o mocinho e o bandido então, ridícula, em nenhum momento me deixou tenso ou então torcendo por Vetter. Há algumas cenas bem divertidas, como quando Vetter vai ao encontro do dono do salão, mas nada que dê uma identidade própria ao filme e que não fique com aquele ar de ‘já vi isso em algum lugar’ cutucando sua orelha.

Para os fãs de Vin Diesel, o filme agrada por ser bem construído para seu personagem principal, mas se você for um pouquinho mais exigente, fuja de O Vingador e vá procurar outros trabalhos de Gary Gray, pois aqui ele ficou devendo, e muito.

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