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Críticas

Cineplayers

Absolutamente medíocre, o filme somente é recomendado se você conhecer suas limitações e não se importar com elas.

5,0

Os Seus, Os Meus e os Nossos é uma refilmagem de um trabalho homônimo da década de 1960. Ao contrário do que possa parecer, não é uma cópia sem-vergonha do recente sucesso de Steve Martin, Doze é Demais (e sua continuação gratuita). A premissa, porém, é comum a ambos os filmes: duas famílias opostas e muitas, muitas crianças. O que pode parecer outro trabalho bobinho de matinê da televisão aberta... realmente acaba sendo. Mas o filme possui seu charme, diverte sem ofender, e tem na simplicidade de suas piadas o seu maior trunfo.

Claro que nenhuma das qualidades acima colocadas ocultam o fato desta ser apenas mais uma refilmagem lotada de clichês. Mas para as crianças, seu público-alvo, isso importa? Já para o restante do público, há muito pouco para ver: um romance bonitinho, com uma curva de acontecimentos bastante óbvia – (1) paixão; (2) briga; (3) reconciliação (ou não, não quero estragar qualquer “surpresa”). Tudo bem mastigadinho, inocente, talvez um tanto insistentemente enrolado (afinal, todos sabem no que vai dar).

Não creio que seja o veículo dos sonhos para atores como Dennis Quaid e Rene Russo, mas com a forte competição em Hollywood, atores consagrados precisam ganhar um troco fazendo trabalhos menos importantes como este aqui. É o caso, mas pelo menos não fizeram feio. Formam um casal simpático na tela. Já as crianças, que variam de atores com três, quatro anos, até quase-adultos, são todas estereótipos da classe média americana: adolescentes rebeldes, filhos mimados e convencidos, uns tímidos, outros não. Na realidade o objetivo é esse mesmo: mostrar uma verdadeira salada de personalidades, que faça justificar a balbúrdia que tem como objetivo entreter, que nem sempre consegue ser cumprido, mas de forma geral faz manter o interesse.

O diretor escolhido para dirigir esse trabalho não poderia ser mais apropriado: Raja Gosnell. Apesar de não fazer parte do seleto grupo de diretores famosos de Hollywood, já trouxe muito dinheiro a Los Angeles, realizando filmes como Nunca Fui Beijada, Vovó... Zona e a série Scooby-Doo, garantindo seu espaço por lá. Seu trabalho aqui é absolutamente ordinário, o que certamente fez cumprir os objetivos do estúdio: entregar um trabalho correto que pudesse ser assistido sem invencionismos perigosos que afastassem o público casual. Operário melhor, impossível.

No final das contas, Os Seus, Os Meus e os Nossos é mais um daqueles trabalhos sobre os quais não adianta falar muito. Dentro de suas limitações, é um trabalho adequado, e até mesmo divertido. Engraçadinho, aliás, seria a palavra correta. Mas somente para quem for assisti-lo sabendo exatamente o que o filme é. Seu ponto fraco, claro, é a absoluta falta de originalidade, principalmente pelo fato de ser uma refilmagem. Recomendado apenas se realmente não houver opções melhores para se assistir.

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