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Críticas

Cineplayers

Forçado, Plano B não deve mesmo ser a primeira escolha no cinema.

4,0

Comédias românticas são sempre comédias românticas e não importa os problemas que tenham, misticamente, acabam caindo no gosto popular e provocam aquela dose de suspiros necessária para a perpetuação do gênero.

Plano B não foge à regra e consegue provocar uma pontinha de torcida do público por aquele final mais do que batido de filmes água-com-açúcar. Mas, pelos muitos tropeços e exageros da trama, fica devendo.

Já que passou muito tempo procurando pelo homem certo sem nenhum sucesso, Zoe decide que está na hora de fazer uma inseminação artificial e começar sozinha a sua família. No dia em que faz o procedimento, ela conhece Stan e os dois se apaixonam.

Ele resolve ficar com ela mesmo sabendo da gravidez e os dois resolvem passar juntos pelas mudanças hormonais típicas deste momento feminino. Claro que as coisas saem diferente do esperado.

Seguindo a tradição, desde os primeiros momentos do filme já é possível antecipar tudo o que acontecerá a seguir. O roteiro, que até consegue se manter eficiente por um tempo, se perde em exageros e uma vontade velada de ser muito mais comédia do que qualquer outra coisa.

Cenas como as das aprontações dos quatro filhos da melhor amiga, do parto domiciliar aquático e do menino comedor de areia no parquinho são tão gratuitas e apelativas que contaminam o filme, tiram um pouco da suavidade de títulos do gênero e podem chegar a constranger.

Entre momentos de difícil aceitação – imagine com que freqüência um homem resolve assumir uma relação com uma mulher que acabara de conhecer e está grávida de gêmeos – e até de um certo cansaço pelo que está sendo visto na tela, porém, algumas passagens conseguem ligar o espectador à trama. O casal central sofre um bocado com a falta de química, mas acaba se valendo do carisma individual de cada um e ajuda.

Com tantos pontos negativos, é difícil não sair do cinema com uma sensação muito forte de “poderia ser muito melhor do que isso” e com um incômodo pelo modo como a maternidade foi tratada.

De acordo com o nome, é um daqueles programas que a gente só encara como segunda alternativa, quando todas as outras salas do multiplex escolhido estão esgotadas ou, talvez, em uma sessão em casa, quando já estiver na programação da televisão.

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