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Críticas

Cineplayers

E se Lucy fosse um filme de terror rasteiro?

3,0

Interrompo o fluxo de ideias para essa crítica e vou tentar relaxar, ver um filme, sei lá... Então, resolvo finalmente assistir ao último filme de Rob Zombie, Lords of Salem. Sinceramente, como voltar a escrever sobre esse filme ou sobre qualquer outro filme de terror após isso? Independente do excesso de qualidades da produção de Zombie (que somente quando assinou o remake de Halloween viu a cor dos nossos cinemas; como podemos passar sem esse filme???), a verdade é que a situação não estava boa pro lado desse aqui, um arremedo de uma porção de ideias ja excessivamente exploradas no cinema, até com certa paciência e tentando criar climas e tensão, mas que não chega muito a lugar algum fora uns sustinhos aqui e ali.

O filme acompanha uma equipe de jovens cientistas capitaneada por um casal que, em resumo, faz testes com uma fórmula que teria a capacidade de trazer pessoas recém falecidas à vida. Batizada por eles como 'fórmula Lazarus', o filme mostra que eles já utilizaram-na em um cachorro, que está por aí lépido e fagueiro depois de voltar do mundo dos mortos. Na verdade, aos poucos vamos conferindo como o totó está bem sequelado, o que não impedirá o chefe vivido por Mark Duplass a utilizar a fórmula em sua parceira/namorada assim que ela leva uma descarga elétrica fatal. Assim como o lulu, Olivia Wilde também volta, também esquisitona. Já sacaram que a galera passa por lugares nada bacanas antes de ressuscitar e que suas personalidades então não serão as mesmas, e a tal jovem equipe vai passar uma noite presa no laboratório com o totó macabro e a cientista assustadora. Cruzes!

Cruzes para quase tudo, inclusive; num filme que atira para tantos lados, que até as teorias apresentadas no mega sucesso do ano passado Lucy são reutilizadas, e dá-lhe "mulher com capacidade cerebral se expandindo" e discursos sobre "o ser humano ao utilizar 10% do cérebro e o total desconhecimento que se tem caso ele consiga utilizar mais, até alcançar 100%". Sério mesmo, nessas cenas bateu uma "vergonha alheia" eterna e uma vontade de ir embora que só era aplacada pelo esforço do elenco. Imaginem, uma zumbi com capacidade intelectual ilimitada!

O trio Duplass, Wilde e mais Evan Peters super tenta fazer tudo melhor e mais bacana, se esforçam e quase nos convencem da grande repetição de situações aleatórias. Mas o roteiro do filme não só patina na mesmice e numa surpresa final sem graça toda vida, como também aposta em caminhos ridículos e inexplicáveis; exemplo básico: porque a equipe é expulsa do centro de pesquisas, enfiam um ótimo ator como Ray Wise pra fazer um 'discurso de expulsão', se a cena não leva a nada e o ator desaparece depois? Nos resta então acompanhar os meninos tentando se agarrar no clima sombrio que o filme acerta às vezes, com eles tentando equilibrar seus talentos por aí.

Comentários (13)

Alexandre Guimarães | domingo, 08 de Março de 2015 - 15:46

Com essas opções de "gostei" "não gostei" dá pra ver, pelos comentarios do Gustavo e do Lucas Nunes que não sou o único que acha as criticas do Carbone beeeeeem fraquinhas...rsrs

Victor Ramos | segunda-feira, 09 de Março de 2015 - 02:05

Halloween II é bem melhor. Tem um gore espetacular ali, mesmo com os problemas de narrativa.

Matheus Duarte | domingo, 15 de Março de 2015 - 18:52

Tentando entender o pq de pessoas conseguirem dar uma nota maior que zero pra isso... Rasguei uma nota de 20 reais.

Luciano Rosa dos Reis | terça-feira, 19 de Maio de 2015 - 15:34

Crítica não precisa ser necessariamente extensa, e sim, eficiente e objetiva, como foi esta aqui. 😉

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