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Críticas

Cineplayers

Mesmo que o roteiro seja seu ponto fraco, Robôs surpreende pela qualidade da animação e alguns personagens interessantes.

7,0

Que o duelo entre a Pixar e a DreamWorks está prometendo grandes batalhas pelas bilheterias dos filmes de animação por computador, isso todo mundo já sabia. Agora, que a Fox também ia entrar com força nesta disputa, poucos acreditavam. E foi o que se sucedeu: depois da estréia bem sucedida em "A Era do Gelo", chega aos cinemas este "Robôs" (dos mesmos realizadores, entre eles o brasileiro Carlos Saldanha, co-diretor do filme) que chegou fazendo bonito nas bilheterias e junto ao público.

"A Era do Gelo", o filme anterior, era bem fofinho, engraçadinho, bem produzido e realizado, mas com alguns defeitos. Aqui tentaram suprir todos os problemas do anterior e tentaram maximizar ainda mais o impacto visual – da era glacial para um mundo robotizado, que mais parece um grande videogame (influenciado pelo velho jogo "Sonic", provavelmente, já que as engenhocas e cenários são muito parecidos com os deste jogo).

Uma pena que não conseguiram achar uma alternativa pro roteiro, já que é novamente um grande vilão que quer dominar o mundo. E que vilão! Assumidamente metrossexual, meio homossexual (reparem no gestual dele), subjugado pela mãe dominadora, é um tipo que deve entrar para os anais das animações infantis – já que é um personagem atípico para este tipo de produção, o que fará com que os adultos se divirtam muito mais.

Aliás, diversão é o nome da produção. Assumindo escancaradamente o tom de comédia, acompanhamos a história de Rodney Lataria (voz de Ewan McGregor), um robozinho simpático e bem intencionado que vai para a cidade grande em busca de seu grande sonho – se tornar inventor, como seu grande ídolo, o Grande Soldador (voz de Mel Brooks). Só que ele descobre que o Grande Soldador está desaparecido e que sua indústria está na mão do executivo Dom Aço (voz de Greg Kinnear), que se revela um grande inescrupuloso. Rodney então tentará descobrir onde está seu ídolo e tentará conseguir alcançar seu sonho, com a ajuda de amigos desajustados que entrarão em seu caminho, como o atrapalhado Manivela (voz de Robin Williams).

Parece meio clichê essa história toda, e o é verdadeiramente. A história de Rodney e de tantas outros personagens que vão para a cidade grande em busca de seus ideais é bastante utilizada no cinema, o que pode provocar certo desapontamento – além de  alguns diálogos constrangedores e melodramáticos. Mas a forma como o longa é trabalhado deixa essa questão meio que irrelevante e acaba nos concedendo uma grande obra, que se apóia muito mais no visual que seu roteiro meia-boca.

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