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Críticas

Cineplayers

Jet Li e Jason Statham fazem o básico em filme de roteiro ruim e direção horrenda.

4,0

Filme de ação extremamente genérico e batido, Rogue - O Assassino tem muitos tiroteios e pouco conteúdo. Como se a dupla formada por Jet Li e Jason Statham estivessem precisando de uns trocados extras e, para cobrir o rombo, resolvessem fazer o mais fácil: filmar um novo trabalho que não acrescentasse em nada ao gênero que melhor define suas carreiras. É claro que nem todo filme precisa "acrescentar algo" para ser bem visto, mas Rogue excede a média (em muito) da utilização de clichês. Um final surpresa absurdo tenta coroar o filme, mas tudo o que conseguiu foi um pensamento do tipo "quem se importa?".

De bom há apenas partes de algumas cenas de luta. Isso é bastante lamentável pois ambos os protagonistas são conhecidos pela sua perícia técnica (falsa ou não) em filmes do gênero, e cenas envolvendo lutas corporais são escassas, perdendo-se em meio a dezenas de tiroteios cansativos e previsíveis. Mesmo o clímax, onde os dois se confrontam (após inúmeras cenas menores que parecem que só serviram como preparativo para a cena final), fica a dever. Aos fãs do gênero ou dos atores (pessoalmente, adoro o trabalho de Jason Statham), fica a sensação final de ter faltado um momento realmente de tirar o fôlego.

Finalmente, somando-se à mediocridade do roteiro (tão batido que nem vale ser citado aqui), está a direção horrenda de Philip G. Atwell, que não sabe se está dirigindo um filme ou um vídeo-clipe, insistindo no recurso de aceleração de cenas e "montagem-pipoca" (partículas de uma mesma sequência que vão pulando uma a uma na sua frente, formando uma cena desconexa e difícil de compreender). Tudo isso é de mal gosto ao extremo e, ao invés de ser "cool", o diretor acaba apenas confundindo o espectador. A fotografia predominantemente noturna também não ajuda em nada a manter o interesse nos eventos que já são aborrecidos por si só.

Rogue é um trabalho a ser evitado mesmo por amantes do gênero ou fãs dos atores envolvidos. Há um número grande de coadjuvantes que só estão lá para constar, sendo quase que totalmente dispensáveis ao fiapo de trama apresentado. Pelo menos há um momento interessante (ou menos aborrecido) aqui e ali, mas é muito pouco considerando a carreira que os dois protagonistas possuem dentro desse gênero, principalmente quando os dois são desperdiçados em tiroteios repetitivos ao invés de cenas de luta corporal. Totalmente dispensável.

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