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Críticas

Cineplayers

Exorcismo às avessas da juventude americana.

5,0

Do subúrbio americano, onde a grama do vizinho já não é tão verde após inúmeras análises sobre o comportamento da classe alta americana, nasce o ideal crítico de Spring Breakers: Garotas Perigosas (Spring Breakers, 2012). Harmony Korine (que outrora dirigiu os esquizofrênicos Trash Humpers [idem, 2009] e Vidas Sem Destino [Gummo, 1997]) traz a percepção de um exorcismo às avessas da juventude americana.

Em um tempo onde tudo já foi provado e qualquer tabu foi destituído, cabe aos jovens banalizar os extremos; violência, sexo e drogas deixam de habitar o consciente comportamental para fazer parte da ostentação aguda dos novos tempos, junto ao egocentrismo e a sensação de domínio.

Portanto, Korine, mesmo com o voyeurismo que cabe ao filme repleto de meninas com poucas roupas e uso de drogas embalados pelas festas desregradas das férias de primavera (Spring Break) é ciente que o longa dita o caminho inverso. Do tédio à rotina estudantil à perdição previsível, Spring Breakers questiona a maturidade dos jovens criados sob julgo da religiosidade e o efeito inverso que a forma de ensino nos EUA produz aos adolescentes.

Para ilustrar este ideal da perdição, Harmony Korine faz das luzes de neon e o visual paradisíaco da Flórida, o peso que o paradigma da "boa vida" traz. A opressão vem em forma de dogmas, exterminados pela figura de Alien (James Franco), versão folclórica do maligno - o extremo, que de certa forma, as garotas procuram desde o início de suas férias. O encontro com uma forma abstrata de liberdade.

Comentários (8)

Brenda Monaliza Paulo Cavalcante | quarta-feira, 02 de Outubro de 2013 - 16:25

🙄O objetivo do texto era confundir? Pq parece se tratar de um filme muito legal, mas na hora da nota ele dá um 5? Muito confuso. Tive a mesma sensação que tive ao ver esse filme, vai de nada a lugar nenhum.

Rodrigo Torres | sábado, 14 de Dezembro de 2013 - 15:06

Sinopse é descrição. O texto acima, apesar de curto, é crítico. Se for falar mal, fala direito. Preencha, você também, a crítica de conteúdo. 😉

Falando em conteúdo, eu o vejo no texto acima, mais marcado, é verdade, por objetividade. É uma crítica sem compromisso em justificar a nota dada (que texto precisa ter?), mas de dizer o que o filme é, sem contar como o filme é.

Mas a real é que o Pedro tem um estilo bem pessoal (assim como o Carbone), e já imaginava que aquele encontraria resistência aqui no CP (como imagino/espero que não vá acontecer com este).

Raphael da Silveira Leite Miguel | sábado, 14 de Dezembro de 2013 - 21:36

Achei a crítica muito boa apesar de curta. Pra quem viu o filme ela está expressando de maneira objetiva todas as passagens dele. Destaque maior para o segundo parágrafo, que é o que o filme é na primeira metade. A questão do terceiro parágrafo, creio eu, ficou um pouco ofuscado, quanto à religião. Já a última parte trata da figura opressora, ou seja, James Franco, o nome do filme, que merecidamente está sendo indicado em diversas premiações.

Marlon Tolksdorf | segunda-feira, 25 de Maio de 2015 - 10:17

Como um texto longo pra um filme que durante 1 hora é só farra, som alto, bebida e teta?

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