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Críticas

Cineplayers

Oportunidade de rever este clássico moderno, agora em 3D.

9,0

Aproveitando a proximidade do lançamento mundial de Toy Story 3, marcado para o dia 25 de Junho, a Pixar e a Disney decidiram relançar no Brasil, assim como nos Estados Unidos e em alguns outros países do mundo, os dois primeiros longas-metragens originais da série. A diferença deste Toy Story - Um Mundo de Aventuras para o que estreou nos cinemas em 1995 é apenas uma: a adaptação do longa para a novíssima tecnologia em 3D; apesar disso, o carisma dos personagens e a comédia na dose certa continuam sendo o grande atrativo.

O filme é exatamente o mesmo, sem nenhuma cena adicional: ainda temos a história do cowboy de brinquedo Woody, que ama o seu dono e é uma espécie de líder entre os outros brinquedos do quarto. Quando chega o aniversário de Andy, seu dono, todos os outros brinquedos ficam agitados com medo de algo muito mais profundo do que uma simples proposta: serem substituídos e deixados de lado pela modernidade. Trazendo essa proposta para a vida real, quantas pessoas já não se sentiram assim? Seja pelo irmão mais novo chegando ou então por aqueles jovens, cheios de estudos, faculdades, cursos, podendo ocupar seu emprego na empresa?

O medo dos outros brinquedos acaba se concretizando com Woody quando Andy ganha Buzz Lightear, o boneco da moda entre a garotada, totalmente flexível e lotado de características para deixar qualquer criança maluca: diversas vozes, asa e até uma pequena luz que representa o raio laser do personagem. Acreditando realmente ser o personagem em que fora baseado, Buzz começa a ocupar o espaço de Woody, não apenas na preferência de Andy, mas também dos outros brinquedos. Tomado pelo ciúme e pela idade, Woody some com Buzz e acaba tendo que consertar o que fez, quando a culpa o domina e os demais brinquedos do quarto passam a acusá-lo de, vejam só, assassinato.

Mas e o 3D? É um atrativo a parte, nada mais do que isso. O filme é bonito, poucas passagens realmente fazem uso da técnica e em nenhuma ele é estritamente necessário. Não é por menos: Toy Story não foi feito para ser visto em 3D e não há absolutamente nada de expressivo neste sentido deste relançamento. É legal? Sem dúvidas, mas a ida ao cinema vale pelo filme, e não pelo 3D. Pensando nas cenas em que ele realmente fez diferença, é possível destacar as de Buzz, quando o mesmo tenta voar, e o final, com o foguete no carrinho de controle remoto. Fora essas, é nada mais do que perfumaria para atrair novos fãs para a série.

Flertando com uma série de temas que abrem diversas possibilidades de diálogos entre pais e filhos e contendo algumas das mais geniais sacadas em trocadilhos da Pixar, o filme é uma obra-prima do início ao fim e que merece ser assistido em tela grande. É mais do que óbvio que este relançamento nos cinemas é uma propaganda para o terceiro filme. Mas, mais do que isso, é uma oportunidade para ver ou rever um dos melhores filmes da empresa, a primeira animação computadorizada de grande sucesso e também a adaptação deste novo clássico para a também novata tecnologia 3D.

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