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Críticas

Cineplayers

Tudo o que o primeiro prometia mas acabou não sendo: X-Men 2 é um filmaço.

6,5

Bem, aqui estamos, falando mais uma vez a respeito de mais uma saga de heróis que invade os cinemas de todo o mundo. E agora eles não são poucos, ou um ou outro: o número deles cresceu vertiginosamente nos últimos anos. Entre eles destacamos o primeiro X-men, o Homem-Aranha, Demolidor e os futuros Hulk (em produção), X-men 3 e o  Homem-Aranha 2.

Confesso que não estava muito empolgado para ir ao cinema assistir o segundo filme da saga dos mutantes, levando o nome original de “X-men 2: United”, porque justamente o primeiro filme não tinha me agradado tanto assim. Um bom filme, mas ainda assim não trazia nada demais. As lutas eram completamente sem graça, os personagens, com exceção de alguns poucos, não tão bem caracterizados e a história, fraca. Uma das coisas que podem irritar-me em uma história como essas é o velho enredo clichê que traz os “pacificadores” lutando incessantemente contra os “malvados”. Mas, ainda bem, X-men 2 supera tudo isso.

A primeira produção havia custado cerca de 75 milhões de dólares e lucrado uns 300. O segundo episódio da série acabou por custar 25 milhões mais caro. Mas a impressão que dá é que cada centavo desses 25 milhões foi aproveitado magistralmente para fazer o que realmente deveria ser feito e, sem sombra de dúvidas, afirmo: “X-men 2: United é tudo o que seu antecessor prometia ser, mas não foi.”

O enredo parte da seguinte idéia: já vivendo em uma sociedade em conflito por sua existência, os mutantes agora enfrentam uma discriminação ainda maior depois que um desconhecido completo lança um ataque devastador contra a Casa Branca, em Washington. Essa pessoa é justamente um mutante com poderes especiais. A notícia do ataque ao presidente acaba por causar uma grande revolta em toda imprensa e público. William Stryker, um renomado cientista que já teve experiências com os mutantes, é designado para ter a missão de “controlar” a situação. Stryker, então, põe em prática seu plano para exterminar os mutantes a começar por uma grande ofensiva à escola que os abriga. Magneto, que consegue de alguma forma escapar de sua prisão de plástico, forma uma temporária aliança com professor Xavier para impedir Stryker e seus planos. Enquanto isso, Wolverine se dirige ao norte, procurando por seu passado.

O elenco é impossível falar dele separadamente, pegando um-a-um, é excelente. Traz nomes já conhecidos para o público como Ian McKellen, Patrick Stewart, Hugh Jackman, Halle Berry, Rebecca Romijin-Stamos, entre outros. O conjunto faz um trabalho essencial aqui. Assim como em “Homem-Aranha”, X-men 2 não é um filme completamente focado em cenas maravilhosas de ação mirabolantes que preenchem 90% do tempo de projeção da película. Mas também não é, como o paralelo citado, um filme que prima pela característica de desenvolvimento de personagens. Em Spider-Man você percebe esse desenvolvimento passo-a-passo, muito bem conduzido por Sam Raimi. Em X-men 2 isso não ocorre, mas eis a boa notícia, isso não é um ponto negativo! Os personagens no filme, até por serem muitos, dispensam apresentações. As ações deles os identificam em cada cena, não havendo necessidade de um verdadeiro prólogo antes da aparição de cada um.

Os efeitos especiais estão excelentes! A começar pela seqüência inicial do filme, quando o misterioso mutante invade a casa branca. É realmente uma seqüência de muita qualidade técnica, muito bem gravada pelo diretor Bryan Singer (que de super-produção só tinha na bagagem mesmo o primeiro X-men). Outras cenas interessantes com efeitos especiais envolvem a bonita aeronave dos X-men em uma perseguição aérea. Uma cena muito bela. Claro... Não poderia deixar de comentar a seqüência final com a Jean; simplesmente demais. Efeitos super caprichados, sobre medida para o filme, desde as animações no “cérebro” até as lutas de Wolverine. Quase ia me esquecendo: o ataque a escola, realmente, depois da aparição de noturno, o filme esfria um pouco até o ataque a escola do professor Xavier, mas quando essa parte da trama chega, o público delira.

Existem momentos na trama em que o público é realmente levado ao delírio, principalmente os fãs, como por exemplo a rápida aparição de “Colossus” durante sua triunfal exibição no ataque à escola. Ali não apenas um ou outro é personagem principal, mas sim todos eles, com seus poderes, exercem um papel fundamental na cena. A Lady Letal, apesar de ter protagonizado a melhor luta do filme, logo no final, ao meu ver, ficou devendo um pouco, mas ainda assim uma boa personagem. Mas acho que é quase unanimidade, Mística e Jean foram os nomes (femininos) que mais destaque tiveram nessa segunda parte da saga.

Bem, do mais, eu só posso recomendar que você vá correndo assistir X-men 2: United. É o segundo (perdendo apenas para Spider-Man) melhor filme envolvendo super-heróis, na minha opinião, que você irá encontrar. Já assisti duas vezes e estou analisando seriamente a chance de ir uma terceira.

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