Oshima imprime em seu filme um terror psicológico numa mistura entre desejo, arrependimento e culpa. Visualmente um espetáculo e diferentemente de seu filme anterior consegue unir de forma mais orgânica a vontade de chocar com um formato menos birrento.
Nagisa Oshima realizou um filme onde o desejo leva a extremos, impregna a carne e libera o instinto. Não é tão selvagem e explícito como seu filme anterior (O Império dos Sentidos), mas o toque sobrenatural é atraente e a mise-en-scène deveras espetacular.
No mundo sobrenatural de Oshima o prazer do gozo é mesclado ao lamento da dor, os corpos ardentes se consumindo em meio ao sangue, à lama, ao desespero.
Um conto muito legal potencializado com uma direção fudida. Na mise en acene geral e na direção de atores. Trabalha bem a sexualdade, quase um Verhoeven, o desejo como algo profano.
Conto de horror de arrasar.Oshima ao dirigir cria climas tão imersivos que é impossível não entrar de cabeça em suas tramas.
É um modo quase único de prender a atenção,nem se olha o relógio.O interesse se mantém.
As aparições do fantasma são de arrepiar