- Direção
- Luchino Visconti
- Roteiro:
- Fyodor Dostoyevsky (romance)
- Gênero:
- Drama, Romance
- Origem:
- França, Itália
- Estreia:
- 31/12/1969
- Duração:
- 97 minutos
Lupas (17)
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Passado, presente e futuro colocados num mar de dúvidas que bloqueiam qualquer convicção sobre a vida. O amor como uma incerteza que confronta essa mesma vida e a leva a frustação. A falta de reciprocidade traz um senso de individualização, onde se render a uma paixão é tirar a mesma de outra pessoa. O que resta são as amarguras; frutas podres de sentimentos doces.
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Lindão e sonhador, essa história é maravilhosa. A moça esperando na ponte, o homem nota a assustada esperançosa e cai de vez. O final é a definição de frustração, com a impressionante volta do Senhor viajante. Mastroianni mais expressivo e uma atuação grande de Schell - seu desespero e medo pela possível tolice é nítido.
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Romance clássico e porque não até clichê mas com uma ambientação completamente fora do comum, sob um viés soturno e quase onírico aterrorizante. O plano final é amargura transmitida em imagens.
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A constante fuga do mundo cruel e real através da busca pela felicidade idealizada. Belíssimo conto de Visconti onde a desilusão e esperança compõe na mesma medida o viver.
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Poucas vezes no cinema a definição de "zona de amizade" em um relacionamento foi tão intenso e a dor da decepção com uma paixão não correspondida idem. E como Visconti se utiliza do preto-e-branco para criar cenas e imagens lindas.
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A parceria de dois monstros (Visconti e Mastroianni) resulta em um belo filme (ainda que inicialmente a história pareça ingênua). A cena final é pra emoldurar na eternidade, só Ophuls e Demy foram mais longes (dentre os que vi no estilo)
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Solidão, sonho e paixão. Três vertentes que se encontram no devaneio das vidas de Mario e Natalia. Seres que vagam na impossibilidade de concretizar, na prisão do efêmero; no sempre sublime Cinema de Visconti. Há beleza na doce irrealidade da existência!
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A concepção da cena final é das mais lindas que já vi: a neve ao chão, a distância entre os corpos, a amargura do choro de Mastroianni... Visconti pegou o espírito da coisa.
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O sonho encontra o real e a fantasia a desilusão, impossível distinguir a tragédia da fabula, desconcertante.
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Ah, como é triste a ausência de reciprocidade, sobretudo no amor... Dolorido toda vida, faz concluir: até Marcello Mastroianni sofreu por um sentimento não correspondido.
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Mastroianni entra no personagem, mas a adaptação de Visconti não transmiti as características ("frias") tão bem quanto a belíssima novela de Dostoiévski, mesmo que o diretor afirme repetitivamente que esse filme é apenas uma transposição da obra a seu ver
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Ah, se nós adultos soubéssemos as crianças que somos. Ah, se eu falasse a língua dos anjos.
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04/06/11
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Esse aspecto onírico consegue materializar o espírito dos personagens: solitários que precisam se abraçar com força em seus próprios sonhos e desejos,aos quais a força da realidade é insuportável. É impossível não se comover com as lágrimas de Mastroianni
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Dostoiévski com o toque certeiro de Visconti.
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Dostô tá orgulhoso, em algum lugar
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A atuação de Mastroianni por si só já vale o filme. Irreverente, versátil, adorável e pungente personagem que é um dos melhores (talvez o melhor) personagem de Visconti.