Como todo Suzuki é impecável em seus aspectos visuais mas o próprio gênero me causa um pouco de distração. Muitas lutas, pouco enredo, aquele papo furado de vingança meio abestalhado não me acrescentam muita coisa.
Seijun Suzuki é um diretor puramente visual, um esteta sempre em busca do melhor enquadramento, da versatilidade do plano; do tratamento das cores. 'A Vida de um Tatuado' é exemplo desse Cinema de expressividade, filme vertiginoso, frenético e demente!
O velho tema da honra e do prestígio sendo trabalhando através de uma montagem na qual predomina o frenesi. Intensidade é a palavra de ordem no cinema de Suzuki.
Conservador e sábio, Suzuki destila suas harmonias em prol da separação do que é apenas história e do que é um filme, coisa que já não se faz mais no século XXI. FILMAÇO.
O filme vai se desenvolvendo no (bom) ritmo habitual de Suzuki, até culminar num final puta que o pariu de antológico, lembrando os grandes momentos de 'Tóquio Violenta'. Mais um trabalho de mestre.