Com uma narrativa hermética, Glazer vai construindo um conto simbólico de difícil digestão e fácil reflexão. Johansson anda afiada na escolha de seus papéis, usando aqui seu corpo em prol da personagem, sem falas, sem sentidos, mas com sentimentos.
Qualquer descoberta é epifânica quanto menos se sabe,o universo de possibilidades surge em nível sideral,o toque físico revelador é ferramenta prática e funcional.
Scarlett,explorando ao máximo beleza e sensualidade,carrega só,um novo gigante da ficção.
Nas entrelinhas de Sob a Pele, Glazer arrisca dizer que tornar-se humano equivale a se permitir ser mais frágil, um risco inevitável mesmo para os mais resguardados emocionalmente. Uma discussão profunda o suficiente para sustentar sua trama.
Dirigido com extrema personalidade, estrelado por uma inspirada Scarlet Johasson e dono de toda uma parte artística notável (trilha primorosa!), o filme tem um ritmo um tanto lento, mas compensa por sua originalidade e bom desenvolvimento.