Acompanhar todo processo de Jim Carrey na transformação em Andy Kaufman e todo transtorno e peculiaridades ocorridas fazem pensar no pesadelo caótico para todos os envolvidos, mas também de termos a certeza que algo brilhante estaria sendo feito como de fato foi.
a grande extravagância da metalinguagem supostamente em prol do humor, mas que vai muito além, mostrando que os conceitos de "personagem" e "fuga" podem se estreitar de tal modo que simplesmente se tornam a mesma coisa
Ver o gênio Milos Forman, consagrado, puto e satisfeito em contraponto com um Carrey possuído, totalmente entregue ao maior desafio de sua carreira no cinema, é um dos grandes momentos do ano.
Estudo do ator, de pessoa, do passado, de convívio social, do espetáculo da mídia, da condição que nos impomos. O que podia se limitar a uma jornada de ego se revela uma conflitante nudez da imagem de um ícone. Carrey não tinha como retornar melhor.