Uma grata surpresa. Um filme que remete ao auge do cinema italiano, de grandes autores e uma forte pegada marxista de classe, além de uma forte dose de humanismo. Praticamente uma atualização de Milagre em Milão, com toques de Pasolini, Neorrealismo, Ettore Scola, entre outros. Uma fábula moderna, repleta de referências à Bíblia e ao cristianismo, que constrói um universo carismático e que mistura Idade Contemporânea à Idade Média. Belíssimo roteiro, mereceu muito o prêmio.
Vai aos pouquinhos abraçando o absurdo e o irreal para observar a sociedade como um todo. As Maravilhas de Alice R. era uma tentativa do que Lazzaro consegue fazer: ser diferente, fresco, fugir do lugar comum, ser um drama com um toque de realismo fantástico e ter acima de tudo um propósito bem claro.
Tempo e espaço se rendem ao fantástico. Um conto de humanidade perante as desventuras do animal corrompido. Da alcateia ao indivíduo, a união nos torna únicos.
À medida que avança, torna-se confuso e despreocupado com a estranheza, resultando em uma experiência que não funciona para todos. Mais um caso de boa premissa não tão bem desenvolvida.