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Cine Ceará: Petrus é o grande vencedor da edição 2018


O diretor Jaime Rosales está feliz em algum lugar da Espanha. Seu filme Petra ganhou melhor filme, direção, roteiro, ator e o prêmio da crítica. Além dele, os curtas O Vestido de Myriam e Nova Iorque, além do longa O Barco de Petrus Cariry, subiram muitas vezes ao palco do Cine São Luiz. Infelizmente o júri oficial não se agradou dos dois melhores filmes da competição, Eduardo Galeano Vagamundo e Diamantino, o segundo levou um mero prêmio de montagem; assim como o belíssimo curta Plantae, que tem rodado os festivais do país e continua passando em brancas nuvens nos júris oficiais. 

O prêmio da crítica, composta pelo Júri da Abraccine formado por Daniel Oliveira, João Paulo Barreto, Marina Rossi, Bruno Carmelo e Jaime E. Manrique, “pela elegância e pela competência técnica no casamento entre câmera e atuações, para subverter a linearidade da narrativa clássica, sem nunca se amparar nas surpresas da trama, nem deixar de seduzir e envolver o público com seus riscos formais”.

O longa cearense O Barco, de Petrus Cariry, foi agraciado com quatro prêmios: Melhor Fotografia para Petrus Cariry, Melhor Trilha Sonora Original para João Victor Barroso, Melhor som para Yures Viana, Erico Paiva e Petrus Cariry, e o prêmio Olhar Universitário. Os prêmios para o filme de Petrus foram todos muito merecidos, o diretor cearense tem uma sensibilidade e um cuidado raros no nosso cinema. 

O chileno Cabras de Merda, de Gonzalo Justiniano, ganhou o Troféu Mucuripe nas categorias de Melhor Direção de Arte para Carlos Garrido, e Melhor Atriz para Natalia Aragonese. Tais prêmios também não foram necessariamente injustos, só a concentração de prêmios dada ao filmes de Rosales parece despropositada, tendo em vista que dois filmes infinitamente superiores saíram da festa quase lisos; Felipe Nepomuceno e os diretores de Diamantino mereciam muito mais desvelo do júri. 

O júri de Mostra longa foi composto por Belisario Franca (Brasil), Stephen Bocskay (Estados Unidos), Belisa Figueiró (Brasil), Gustavo Salmerón (Espanha) e Emilio Bustamante (Peru).

Abaixo, os vencedores do Cine Ceará 2018:
 
COMPETITIVA BRASILEIRA DE CURTA-METRAGEM

Na Competitiva Brasileira de Curta-metragem o filme Nova Iorque, de Leo Tabosa, de Pernambuco, ganhou o Troféu Mucuripe de Melhor Curta eleito pelo júri oficial da mostra. Foi vencedor também do Prêmio da Crítica, concedido pelo júri da Abraccine “pelo equilíbrio entre a construção lúdica da infância e a aspereza atrelada à perda da inocência, e pela organicidade dos trabalhos de fotografia, som e direção de arte, além da criatividade narrativa de seus quadros”. O filme era o favorito desde sempre na competição, mas empalidecia diante de outros concorrentes. 

O júri oficial da mostra concedeu o Troféu Mucuripe de Melhor Direção para Lucas H. Rossi, do Rio de Janeiro, pelo filme O Vestido de Myriam. O curta Só Por Hoje, de Sabrina Garcia, também do Rio de Janeiro, foi premiado como Melhor Roteiro e A Canção de Alice, de Barbara Cariry, foi eleita a melhor produção cearense. Compuseram o júri oficial de curtas Cibele Amaral Correia (Brasil), Sylvie Pierre (França), Andréa Cals (Brasil), Camila Vieira (Brasil) e Nirton Venancio (Brasil).

Além do Troféu Mucuripe aos eleitos pelo júri oficial, prêmios especiais foram concedidos na Mostra Competitiva Brasileira de Curta-metragem, como o  Troféu Samburá, oferecido pela Fundação Demócrito Rocha e Jornal O Povo ao Melhor Filme da competitiva de curta-metragem. Como Melhor Diretor, foi agraciado com o Troféu Samburá o cineasta Guilherme Gehr, do Rio de janeiro, por Plantae.

Na solenidade de premiação também foi concedido o Prêmio Aquisição Canal Brasil. O vencedor O Vestido de Myriam, de Lucas Rossi, foi agraciado com R$ 15.000,00.

 
OLHAR DO CEARÁ

Com 24 produções cearenses de curta-metragem concorreram na Mostra Olhar do Ceará, que teve como vencedor Cartuchos de Super Nintendo em Anéis de Saturno, de Leon Reis. O júri foi composto por Francisco Carbone, crítico do Cineplayers, Robledo Milani, crítico de cinema do site Papo de Cinema, do RS, e Rosane Gurgel, jornalista e diretora de cinema, do Ceará. 

OS VENCEDORES

MOSTRA OLHAR DO CEARÁ

Cartuchos de Super Nintendo em Anéis de Saturno, de Leon Reis

MOSTRA COMPETITIVA BRASILEIRA DE CURTA-METRAGEM

Troféu Samburá - Melhor diretor de curta-metragem: Guilherme Gehr, por Plantae
Troféu Samburá - Melhor Curta-metragem: O Vestido de Myriam, de Lucas Rossi
Olhar Universitário: O Vestido de Myriam, de Lucas Rossi
Prêmio Aquisição Canal Brasil: O Vestido de Myriam, de Lucas Rossi
Prêmio da Crítica: Nova Iorque, de Leo Tabosa

JURI OFICIAL

Melhor Produção Cearense: A Canção de Alice, de Barbara Cariry
Melhor Roteiro: Sabrina Garcia, por Só Por Hoje
Melhor Direção: Lucas Rossi, por O vestido de Myriam
Melhor Curta-metragem: Nova Iorque, de Leo Tabosa

MOSTRA COMPETITIVA IBERO-AMERICANA DE LONGA-METRAGEM

Prêmio da Crítica: Petra, de Jaime Rosales
Olhar Universitário: O Barco, de Petrus Cariry
Melhor Ator: Joan Botey, por Petra
Melhor Atriz: Natalia Aragonese, por Cabras de Merda
Melhor Direção de Arte: Carlos Garrido, por Cabras de Merda
Melhor Trilha sonora original: João Victor Barroso, por O Barco
Melhor Som: Yures Viana, Erico Paiva e Petrus Cariry, por O Barco
Melhor Montagem: Raphaelle Martin-Holger, por Diamantino
Melhor Fotografia: Petrus Cariry, por O Barco
Melhor Roteiro: Jaime Rosales, Michel Gaztambide, Clara Roquet, por Petra
Melhor Direção: Jaime Rosales, por Petra
Melhor Longa-metragem: Petra

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