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Festival de Berlim | O Urso da rara coincidência


Das coisas mais raras de acontecer em festival, seja ele nosso ou internacional, é acontecer um consenso entre o júri oficial e o júri da imprensa; essa raridade vale pra Cannes, Veneza, Brasília, Gramado, e até pra Berlim. Bem... às vezes as coincidências acontecem, e gostos tão imprevisíveis quanto os de um júri formado especialmente para a ocasião e o da imprensa reunida pra analisar os longas, colidem. E concordam. Acabou de acontecer agora, no 69o. Festival de Berlim, para alegria de Nadav Lapid, o israelense diretor de Synonymes, vencedor tanto do prêmio da FIPRESCI quanto do Urso de Ouro.

Numa decisão surpreendente do júri presidido por Juliette Binoche, os prévios favoritos da Mongólia, Öndög, e da Macedônia, God Exists: Her Name is Petrunya saíram sem qualquer menção oficial - o segundo ainda ficou com o tradicional prêmio do júri ecumênico. Na verdade, o grupo de jornalistas que votam na prestigiada Screen tinham colocado Lapid no mapa, dando a ele o galhardia não-oficial de filme mais bem avaliado da competição.

E não foram só essas as surpresas do júri, que decidiram que François Ozon merecia o grande prêmio do júri e Angela Schanelec o prêmio de direção, quando ambos não estavam em cogitação. No entanto foi bonito ver o casal de protagonistas de So Long my Son, o filme chinês de 3h que fechou a competição e derreteu os corações alemães, sair com os Ursos de Prata por suas atuações.

O Brasil ganhou menção da Anistia Internacional pelo documentário Espero tua (Re)Volta e era um dos co-produtores do argentino Breve História de um Planeta Verde, que ganhou o Teddy Award, destinado a produções de cunho LGBTQI+.

Abaixo, os prêmios distribuídos nesse sábado:

URSO DE OURO: Synonymes, de Nadav Lapid (Israel)

GRANDE PRÊMIO DO JÚRI: Grace a Dieu, de François Ozon (França)

DIREÇÃO: Angela Schanelec, por I was at Home, but... (Alemanha)

ATOR: Wang Jingchun, por So Long my Son (China)

ATRIZ: Yong Mei, por So Long my Son (China)

ROTEIRO: Claudio Giavanesi e Roberto Saviano, por Piranhas (Itália)

ALFRED BAUER (pela inovação na linguagem): System Crasher, de Nora Fingscheidt (Alemanha)

TEDDY AWARD: Breve História de um Planeta Verde, de Santiago Loza (Argentina)

PRÊMIO FIPRESCI (melhor filme pelo júri da imprensa): Synonymes, de Nadav Lapid (Israel) 

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