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Morre Nelson Pereira dos Santos, diretor de Vidas Secas


Um dos nomes mais importantes do cinema brasileiro, Nelson Pereira dos Santos morreu neste sábado (21), aos 89 anos, após uma falência múltipla de órgãos. Internado desde 12 de abril no Hospital Samaritano, na cidade do Rio de Janeiro, com sintomas de pneumonia, ele foi diagnosticado também com um tumor no fígado. 

Conhecido pela bela adaptação do livro de Graciliano Ramos, Vidas Secas (1963), Nelson era paulistano (mas carioca de coração) e membro da Academia Brasileira de Letras, e ao longo de sua vida exerceu a profissão de jornalista, além de diversos cargos em produções cinematográficas, como roteirista, diretor, montador, ator e professor.

Seus dois primeiros longas-metragens, Rio 40 Graus (1955) e Rio Zona Norte (1957), traziam a visão de personagens marginalizados sobre a Cidade Maravilhosa, e foram dois dos primeiros trabalhos a tratar das mazelas sociais advindas do crescimento urbano cada vez maior no sudeste brasileiro. Ao longo de mais de quase 60 anos de carreira, ele atravessou diversas mudanças e evoluções do cinema nacional, sempre relevante e com alguma contribuição significativa para cada época. Seu último trabalho na direção foi A Luz do Tom (2012), um comovente retrato sobre o artista Tom Jobim, narrado a partir da visão das mulheres de sua vida. 

Nelson será velado na Academia Brasileira de Letras, e embora sua perda seja imensurável para o cinema brasileiro, seu legado com certeza permanecerá mantendo sua memória viva. 

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