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Peter Jackson vai dirigir documentário sobre os Beatles


Paul McCartney insinuou recentemente que as longas horas inéditas de gravação do último álbum lançado pelos Beatles, Let It Be, poderia virar filme. Pois ontem, no aniversário de 50 anos do icônico show da banda inglesa no terraço da Apple Records, em Londres, a notícia foi confirmada, bem como o cineasta no comando do projeto: Peter Jackson. Conhecido por O Hobbit, O Senhor dos Anéis e outros sucessos, o cineasta neozelandês tem como último trabalho de direção, justamente, um documentário: They Shall Not Grow Old, sobre a Primeira Guerra Mundial.

"As 55 horas de gravações inéditas e 140 horas de áudio nos garante que esse filme será a experiência definiva de 'mosca na parede' com que os fãs dos Beatles sempre sonharam", disse Jackson, em entrevista à Variety, fazendo uma analogia que se refere ao ato de observar o processo criativo de John, Paul, Ringo e George em estúdio da forma mais genuína e visceral. Também podemos esperar embates entre eles (personalidades fortes no auge das carreiras e das diferenças pessoais) e a influência da presença de Yoko Ono, esposa de John Lennon, entre o grupo.

Peter Jackson

Poucos se lembram, mas Let It Be foi lançado como álbum e filme, nos formatos VHS e laserdisc, mas está desaparecido há anos. O material foi restaurado no início dos anos 2000, e nunca tornado público por influência de Ringo e Paul, insatisfeitos com seu enfoque sistemático nas tensões das gravações. Assim, é esperado que Jackson adote uma abordagem equilibrada. De certo, o fato de que o cineasta usará a mesma (elogiadíssima) técnica usada em They Shall Not Grow Old para restaurar o filme original, gravado em 16mm.

"Eu fiquei aliviado ao descobrir que a realidade é diferente do mito. É, simplesmente, um incrível tesouro histórico", disse Jackson, ressaltando o fato de o material ter sido gravado 18 meses antes do fim da banda. "Há momentos de drama, claro, mas nada da discórdia há tanto tempo associada a esse projeto. Ver John, Paul, George e Ringo trabalhando juntos, criando músicas clássicas do zero, não é apenas fascinante; é engraçado, edificante e surpreendentemente intimista. Estou muito feliz e honrado por terem me confiado essa gravação extraordinária. Fazer o filme será pura alegria."

Outra novidade bacana é o lançamento de uma espécie de releitura do filme original de Michael Lindsay-Hogg e do material restaurado na década dos anos 2000, agora sob a supervisão de Paul McCartney, com uma abordagem mais "otimista". A estreia dessa versão digital acontecerá logo após o filme de Peter Jackson, assim surfando na onda de sua publicidade e, claro, dos 50 anos de Let It Be, em 8 de maio de 1970. Os documentários são, portanto, previstos para estrear em 2020.

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