Sem tiros, facas ou explosões – onde o máximo de violência é pisar na cauda – Alvin e os esquilos nega ao máximo cenas de agressão, algo que estava fazendo falta em filmes infantis; tanto que nem os seguranças são agressivos.
Tirando o tom musical e o clima total de água com açúcar, existe também uma mensagem importante para as crianças: A da confiança, que cresce em cada personagem na medida que a história se arrasta. E quem mais sofre com isso é o próprio Dave: sua visão inicial, acreditando que Ian é seu amigo, seu distanciamento de sua ex-namorada e a clara projeção de que os esquilos são apenas colegas, mostra quanto sua visão sobre a vida é errada. Isso é tratado com bastante leveza pelo diretor, mas ensina algo muito rico sobre termos a visão correta das pessoas.
Pessoas? Assim como em “O Pequeno Stuart Little”, a trama ignora o real impacto que haveria na humanidade com animais falantes e de tanto sentimento, tudo para que os infantes assimilem facilmente. Isso é mais difícil para os adultos, mas para Hollywood o que importa é gerar dinheiro.
Assim como Dave, as três “crianças” também evoluem sua percepção sobre o mundo, ainda mais se olharmos pela visão de Theodore em busca de um pai para todos e avaliando se o “tio” Ian foi ou não sincero ao dizer que eram uma família.
Entre as leves curiosidades, o emprego do RGB – regulagem de cores que há em todos os monitores: Red, Green and Blue; a cor do olho de cada bichinho e sua respectiva roupa.
Não podemos exigir muito do quesito técnico, mas para quem gosta de música verá que a maioria da banda e as cantoras do back vocal não passam de rostos bonitos que convencem pouco, inclusive Dave na guitarra... uma artificialidade total.
Enfim, Alvin e os esquilos deixou sua mensagem na evolução de colegas para amigos e por fim filhos. Resta saber se a seqüência vai emplacar algo. Mas, como sabemos, a maioria dos “Parte 2” nunca convencem: são continuações forçadas que não foram imaginadas no original...
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