Para quem gosta da pureza das imagens, tema reflexivo e múltiplas interpretações de uma mesma história, o filme é excelente.
A natureza em toda sua glória continua, assim como em abordagens recentes, não mostrando nada além de sua única impressão, imponência e indiferença, enquanto o ser humano se debate em suas conotações febris. Graças à temática, roteiro e ausência da necessidade de priorizar performances dos atores, o filme é entregue por completo nas mãos tanto da direção geral, quanto da de efeitos especiais, arte e som. A produção possibilitou a concretização do desejo de quem tem o dever universal em satisfazer a vontade da arte além de si. Imagino o prazer que Ang Lee tenha sentido ao trabalhar e ver o trabalho pronto.
Toda a água com sua transparência e reflexos nos transmitem constantemente a sensação contraditória de vazio e plenitude que nos remete a solidão de nossa existência e, assim, tudo o que temos são as nossas definições e perguntas sobre essa mesma existência. A óbvia resposta pra isso é a própria crença, logo, não existe ateísmo e Deus sempre faz parte dessa discussão.
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