Saltar para o conteúdo

Artigos

Entrevista 03 - Especial 'Cilada.com'


Esta é uma matéria produzida em parceria entre o Cineplayers e a Downtown Filmes, com o intuito de divulgar, redescobrir e reapaixonar o público brasileiro pelos nomes importantes da nossa história cinematográfica.

Foto de Diego Mendes


Nessa sexta-feira, dia 8, chega aos cinemas de todo o Brasil Cilada.com, versão cinematográfica da sitcom de sucesso criada e estrelada por Bruno Mazzeo. Baseada totalmente em cotidianos da vida, a série fez sucesso e passou por seis temporadas no canal pago Multishow antes de se tornar um quadro do Fantástico, na TV Globo. Aproveitando o lançamento do filme, batemos um papo com três atores do longa, durante a pré-estreia realizada ontem, dia 5, no Rio de Janeiro, onde aproveitamos para apresentá-los nossa coluna e fazer um especial triplo com eles. O tema? O próprio Cilada.com e a comédia no cinema nacional.

-----

Foto de Ique Esteves


Bruno Mazzeo explodiu para o grande público com seu Cilada, programa para a televisão de canal a cabo, em 2005. Porém, o humorista / roteirista / ator já trabalha há muito tempo na área. Responsável por roteiros da Rede Globo desde 1991, já escreveu para programas lendários como A Escolinha do Professor Raimundo (protagonizado por seu pai, o gênio Chico Anysio), Sai de Baixo e A Diarista. No cinema, estreou em 2011 escrevendo e fazendo uma participação especial no sucesso Muita Calma Nessa Hora, com um grande elenco de comediantes e jovens artistas brasileiros. Sexta-feira, chega aos cinemas Cilada.com, onde irá reprisar o papel de sucesso da série como Bruno, mas, dessa vez, sem se inspirar em fatos da vida real para contar a história.

 

1. Depois da TV paga e aberta, Cilada chega agora aos cinemas. Qual é o próximo passo?

Bruno Mazzeo - Continuar no cinema. É uma possibilidade, né? O assunto "cilada" é inesgotável, então há quase certeza de fazer uma segunda cilada, não uma continuação desse, mas uma outra cilada, e aí a gente vai criando, um passo após o outro. Se funcionar, ele com certeza fica pelo cinema. Na televisão, não mais.

2. Esse foi seu primeiro papel como protagonista no cinema. Como você se sentiu estando no centro do filme, e de toda a imprensa?

B.M. - Como é relacionado ao Cilada, e isso já acontecia no programa, a coisa está sendo natural. Nem pensei nisso, está sendo tão natural. E está sendo muito bom porque essa estreia é com um personagem que de alguma forma eu domino. Por mais que sejam veículos diferentes, e a gente tenha tido um cuidado na interpretação - o Alvarenga teve muito esse cuidado comigo, o que funciona em TV e o que funciona em cinema, pelo tamanho da tela e tudo mais -, eu tava já numa zona de conforto. Então isso fez com que fosse, de certa forma, mais tranquilo.

3. Tem algum outro autor ou diretor que você ache que combine com o seu humor, que você gostaria de trabalhar?

B.M. - Eu vou trabalhar agora com o Maurício Farias, que já é um parceiro meu na televisão, e que eu acho um diretor muito bom. Gosto muito do Claudio Torres, adoraria trabalhar com ele e com a Monique Gardenberg. A gente já está se paquerando para ver algum trabalho. Tô louco para trabalhar com o Johnny Araújo, ano que vem. São muitos diretores bacanas, né? Me interessam muito os bons projetos, estar envolvido em bons projetos. Eu acho que isso é o mais interessante: ter alguma história pra contar.

 

Por Bruno Mazzeo

 

5. Os Saltimbancos Trapalhões (1981), de J.B. Tanko

Por serem divertidos, engraçados e fazerem o público rir, os amigos Didi, Dedé, Mussum e Zacarias tornam-se a grande atração do circo Bartolo. Porém, manter esse sucesso não é fácil, uma vez que eles têm como inimigos o mágico Assis Satá e o ganancioso Barão, dono do circo.

Saiba mais sobre Os Saltimbancos Trapalhões.

 

4. O Cheiro do Ralo (2006), de Heitor Dhalia

Lourenço tem como profissão comprar objetos usados de pessoas que passam por dificuldades financeiras, o que o leva a desenvolver um jogo perverso com seus clientes. Num encontro casual, ele se vê obrigado a relacionar-se com uma mulher usando uma moeda que deixou de lado há muito tempo: o afeto. Perturbado pelo simbólico e fedorento cheiro do ralo que existe na loja, Lourenço acaba sendo confrontado pelos personagens que julgava controlar.

Saiba mais sobre O Cheiro do Ralo.

 

3. O Auto da Compadecida (2000), de Guel Arraes

João Grilo é um malandro sabido e esperto que deve lutar pelo seu pão a cada dia, geralmente provocando confusão por onde passa. Ao seu lado está Chicó, companheiro de aventuras e estrada. João acaba morrendo e, com outras figuras, será julgado no Céu.

Saiba mais sobre O Auto da Compadecida.

 

2. Estômago (2007), de Marcos Jorge

Na vida, há os que devoram e os que são devorados. Raimundo Nonato descobriu um caminho à parte: ele cozinha. E é nas cozinhas de um boteco, de um restaurante italiano e de uma prisão que Nonato vive sua intrigante história. Ele aprende as regras da sociedade dos que devoram ou são devorados. Regras que ele usa a seu favor, porque mesmo os cozinheiros têm direito a comer sua parte. E eles sabem, mais do que ninguém, qual é a melhor. Uma fábula nada infantil sobre o poder, o sexo e a culinária.

Saiba mais sobre Estômago.

 

1. Muita Calma Nessa Hora (2010), de Felipe Joffily

As amigas Mari, Tita e Aninha decidem juntas fazer em uma viagem para Búzios. Na estrada, conhecem Estrella, que lhes pede carona para tentar achar, no balneário carioca, o pai desconhecido.

Saiba mais sobre Muita Calma Nessa Hora.

-----

Foto de Ique Esteves


Bem antes de Cilada.com, Fernanda ficou bastante conhecida na TV por causa de Patty, papel que viveu no seriado Sandy & Junior entre 98 e 2003. Estável na profissão e de presença constante nas novelas da Rede Globo desde então, em 2007 fez sua estreia em tela grande com O Homem que Desafiou o Diabo, de Moacyr Góes. Ela já havia deixado para trás a imagem de menininha ao ser capa da revista Playboy, em 2005, mas confirmou toda sua sensualidade no jovial Podecrer!, de Arthur Fontes, também de 2007, levando à loucura os jovens de sua idade. Viciada em Twitter e em esportes, Fernanda é são paulina doente, time que faz questão de acompanhar e sempre comentar como hobbie.

 

1. Você é muito conectada com o público jovem. O que você acha que o cinema pode fazer para atrair mais esse público?

Fernanda Paes Leme - Eu acho que é falar a mesma língua, né? O Cilada.com, no caso, com certeza vai atrair jovens justamente porque tem um ponto principal que é a internet, e o Bruno, como roteirista. Ele tem uma linguagem, sabe falar com esse público. Então, acho que é por aí: tentar entender e falar a língua deles, que é muito mais simples do que todo mundo imagina e fica tentando botar de uma outra maneira.

2. Você começou a carreira muito jovem. Algum ator / atriz, ou personagem, te influenciou na sua escolha?

F.P.L. - Não, nada que tenha me influenciado. Era muito novinha quando fiz o seriado Sandy & Junior, e nem sabia que queria ser atriz ainda. E aí, durante o processo, chegou um ator pra fazer o pai da Patty, e esse cara foi o Tarcísio Meira. Quando o Tarcísio chegou, fui fazer minha primeira cena com ele e pensei: "Meu Deus, é isso que eu quero fazer pro resto da minha vida!". Foi muito emocionante. Sem dúvida, uma das atrizes que eu mais admiro é a Glória Pires. Então demorou todo esse tempo, dos 15 até hoje, para que eu conseguisse fazer a mesma novela que ela. Mas contracenar com ela ainda não. É um sonho.

 

Por Fernanda Paes Leme

 

5. Se Eu Fosse Você (2006), de Daniel Filho

O filme conta a história de Cláudio (Tony Ramos) e Helena (Glória Pires), um casal até então normal que vai levando a vida conjugal através dos anos, desgastando-se com o tempo, mas sempre procurando manter o bom humor. Até o momento em que a discórdia paira sobre eles e um lado passa a não dar valor ou a não compreender o que o outro faz com seu tempo ou tem como princípios. Isso até que o casal troca seus papéis: a mente de um passa para o corpo de outro.

Saiba mais sobre Se Eu Fosse Você.

 

 

3. O Auto da Compadecida (2000), de Guel Arraes

João Grilo é um malandro sabido e esperto que deve lutar pelo seu pão a cada dia, geralmente provocando confusão por onde passa. Ao seu lado está Chicó, companheiro de aventuras e estrada. João acaba morrendo e, com outras figuras, será julgado no Céu.

Saiba mais sobre O Auto da Compadecida.

 

3. Divã (2009), de José Alvarenga Jr.

Mercedes é uma mulher de 40 anos que vive às voltas com as alegrias e desafios da sociedade contemporânea. Casada e mãe de dois filhos, Mercedes decide, mesmo sem saber bem o porquê, procurar um psicanalista. E, assim, o que antes era apenas uma curiosidade, se transforma em uma experiência devastadora, que provoca uma série de mudanças em sua vida cotidiana.

Saiba mais sobre Divã.

 

2. Os Normais (2003), de José Alvarenga Jr.

Vani e Rui estão prestes a se casar. Ela com Sérgio, ele com Martha. Ambas as cerimônias estão marcadas para a mesma sacristia, sendo uma às 18 hs e outro às 20 hs. É lá que Vani e Rui se conhecem quando ela lhe pede um pouco de arroz para comemorar o casamento que está para ocorrer.

Saiba mais sobre Os Normais.

 

 

1. Algum recente dos Trapalhões.
O pôster é de O Noviço Rebelde (1997), de Tizuka Yamasaki

Em uma pequena cidade do Ceará, um temporal destrói a igrejinha do local. O Noviço Didi (Renato Aragão) sonha reconstruir a igreja, mas foge de lá para trabalhar no Rio de Janeiro depois que o Coronel Pereira (Roberto Guilherme) acha que ele tem um mapa do tesouro. Já no Rio, vê sua amiga Maria do Céu (Patrícia Pillar) e Felipe (Tony Ramos), viúvo e seu empregador, se envolverem.

Saiba mais sobre O Noviço Rebelde.

-----

Foto de Ique Esteves


Curitibana, trabalhou muito tempo no teatro antes de explodir, em 2007, como uma das grandes revelações da cinematografia brasileira no filme Estômago, de Marcos Jorge. De lá para cá, viu sua carreira ganhar bastante projeção na televisão, onde fez seriados, e no cinema, quando participou de uma série de projetos em um curto período de tempo, como A Guerra dos Vizinhos, Amor?, Reflexões de um Liquidificador e Não Se Pode Viver Sem Amor. Em 2011, já esteve no sucesso Bruna Surfistinha, onde viveu Janine, e é um dos principais nomes de Cilada.com.

 

1. Você começou a carreira no teatro e atualmente se dedica bastante ao cinema. Na TV, trabalhou mais em séries ou em participações especiais. Pretende fazer novelas? É o caminho natural para o ator brasileiro?

Fabiula Nascimento - Tenho vontade de fazer tudo que ainda não fiz. Seria interessante fazer uma novela. Não sei se esse é um caminho natural para todos os atores. Se o ator tem destaque no Cinema ou no Teatro, a Tv fica curiosa com o "novo Artista" e sempre o chama pra alguma coisa.

2. Estômago, seu filme de estreia nos cinemas, foi um grande sucesso de crítica e se tornou um "cult" do cinema brasileiro. Em que momento percebeu que aquele projeto seria um marco tão importante na sua carreira?

F.N. - Foi logo quando o filme entrou em cartaz nos cinemas, e em seguida, fui  convidada para rodar o segundo longa, A Guerra dos Vizinhos, com a possiblidade de rodar o terceiro... Eu fiquei doida! Estômago realmente mudou a direção da minha carreira, e da minha vida.

3. Bruna Surfistinha foi um dos grandes sucessos de bilheteria do ano. Muitas pessoas se surpreenderam com a complexidade das questões abordadas e a carga dramática que o filme adquire em determinados momentos. Acha que o público brasileiro ainda é conservador quando o assunto é sexo?

F.N. - Sim. Mesmo o Brasil sendo um país tropical, onde a sensualidade é muito presente, sinto que o Brasileiro tem muito a caminhar quando  a discussão é sexual.

4. Em Junto e Misturado e Cilada.com, você pôde exercitar seu lado cômico, com um humor declarado. Já em Estômago e em Bruna Surfistinha, interpretou personagens que, mesmo em um contexto mais dramático, traziam uma carga de humor negro, politicamente incorreto. Tem facilidade com comédia? Como dosar o tipo de humor em trabalhos tão diferentes?

F.N. - Acho que tenho facilidade sim; eu vejo humor em tudo, até na dor. Mas não me acho tão engraçada. Eu sou uma pessoa muito bem humorada, então é natural que eu carregue isso para os meus trabalhos. Eu vou fazendo... A dosagem fica por conta do diretor.

 

Por Fabiula Nascimento

 

5. Os Normais (2003), de José Alvarenga Jr.

Vani e Rui estão prestes a se casar. Ela com Sérgio, ele com Martha. Ambas as cerimônias estão marcadas para a mesma sacristia, sendo uma às 18 hs e outro às 20 hs. É lá que Vani e Rui se conhecem quando ela lhe pede um pouco de arroz para comemorar o casamento que está para ocorrer.

Saiba mais sobre Os Normais.

 

4. A Mulher Invisível (2009), de Cláudio Torres

Pedro acreditava no casamento, mas foi abandonado pela esposa. Três meses de depressão e isolamento depois, ele ouve batidas na sua porta. É a mulher mais linda do mundo pedindo uma xícara de açúcar: Amanda, sua vizinha. Pedro se apaixona por aquela mulher carinhosa, sensível, inteligente, uma amante ardente que gosta de futebol e não é ciumenta. Seu único defeito era querer existir.

Saiba mais sobre A Mulher Invisível.

 

3. O Auto da Compadecida (2000), de Guel Arraes

João Grilo é um malandro sabido e esperto que deve lutar pelo seu pão a cada dia, geralmente provocando confusão por onde passa. Ao seu lado está Chicó, companheiro de aventuras e estrada. João acaba morrendo e, com outras figuras, será julgado no Céu.

Saiba mais sobre O Auto da Compadecida.

 

2. Saneamento Básico, O Filme (2007), de Jorge Furtado

Em uma pequena vila de descendentes de colonos italianos na serra gaúcha, a construção de uma fossa para o tratamento do esgoto é uma emergência antiga e sempre ignorada pelas autoridades. Uma comissão resolve pleitear a obra através dos recursos da subprefeitura. No entanto, são informados de que não há verba para saneamento básico mas que sobra para a produção de um vídeo. O grupo resolve então fazer um vídeo sobre o saneamento básico. Mas o que ninguém esperava é que o grupo amador se envolveria tanto nessa produção que ganha até prêmio na cidade, e que a obra... bem, viraria ator coadjuvante.

Saiba mais sobre Saneamento Básico, O Filme.

 

1. O Cheiro do Ralo (2006), de Heitor Dhalia

Lourenço tem como profissão comprar objetos usados de pessoas que passam por dificuldades financeiras, o que o leva a desenvolver um jogo perverso com seus clientes. Num encontro casual, ele se vê obrigado a relacionar-se com uma mulher usando uma moeda que deixou de lado há muito tempo: o afeto. Perturbado pelo simbólico e fedorento cheiro do ralo que existe na loja, Lourenço acaba sendo confrontado pelos personagens que julgava controlar.

Saiba mais sobre O Cheiro do Ralo.

-----

E não se esqueçam: sexta-feira, 8 de julho, Cilada.com nos cinemas de todo o Brasil.

 

 

 

 

Fotos de  Diego Mendes

-----

Leia também nossas colunas anteriores:

Edição Nº1 - Mariza Leão

Edição Nº2 - Bigode

Comentários (0)

Faça login para comentar.